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A Câmara do Entroncamento inaugura hoje oficialmente a escola de primeiro ciclo do Bonito e a requalificação da escola básica de segundo e terceiros ciclos Ruy D’Andrade, investimentos de cerca de oito milhões de euros, com comparticipação comunitária.
Jorge Faria, presidente da Câmara Municipal do Entroncamento, disse à agência Lusa que com estas estruturas, a primeira a funcionar desde o ano letivo 2014/2015 e a segunda, em pleno, desde maio último, o concelho fica dotado de um parque escolar “de grande qualidade”, necessitando apenas a escola secundária de “algumas intervenções”.
No caso da EB 1 do Bonito, obra próxima dos 2,9 milhões de euros (2,2 milhões de euros do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional e 640 mil euros do município), o autarca frisa as condições oferecidas aos perto de 500 alunos do pré-escolar e do primeiro ciclo, que antes frequentavam duas escolas antigas sem as condições que a atual oferece, como refeitório e biblioteca, e entretanto encerradas.
Jorge Faria sublinhou o contributo desta escola para a inclusão e integração das crianças de etnia cigana, salientando o projeto “muito meritório” que está a ser desenvolvido naquele estabelecimento de ensino e que se insere no trabalho que tem vindo a ser realizado no concelho.
“Mais de 95% das crianças de etnia cigana em idade pré-escolar frequentam este nível de ensino”, disse, apontando este como um exemplo da sensibilidade que as famílias revelam na formação dos seus filhos, tendo em conta que a frequência dos jardins de infância não é obrigatória, e a que junta os quase 100% de vacinação registados pelo centro de saúde local.
No caso da EB 2,3 Dr. Ruy D’Andrade, escola da década de 1970, houve uma demolição total dos pavilhões escolares e dos serviços administrativos, tendo a obra decorrido sem que houvesse interrupção das atividades letivas, que funcionaram em estruturas alugadas, afirmou.
“É uma escola nova”, disse, adiantando que ficou por fazer a recuperação do pavilhão desportivo, obra orçada em 600 mil euros (85% proveniente de fundos comunitários) que aguarda apenas a aprovação do financiamento.
Jorge Faria referiu as dificuldades dos dois processos, com obras iniciadas em 2012, mas que, quando tomou posse, no final de 2013, estavam com uma execução de 30% e, no caso da EB 2,3, em risco de ter que haver devolução de fundos comunitários.
As cerimónias de inauguração vão contar com a presença do ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues.
Lusa
