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O ACES Médio Tejo está a lançar junto dos estabelecimentos de restauração ou de bebidas um Manual de Apoio à Segurança e Higiene Alimentar.
Trata-se de um Manual de apoio, que foi elaborado a primeira vez em 2010, e que nasceu para dar resposta às diversas dúvidas que surgem ao nível da Segurança e Higiene Alimentar.
Maria dos Anjos, do Aces Médio Tejo, explicou à Antena Livre que o Manual resultou da “procura excessiva de pessoas” que entravam em contacto com o ACES: “Pensámos em fazer um Manual que não existia, distribuindo gratuitamente às pessoas que nos procuravam, e daí nasceu a ideia de fazermos este documento que desse resposta a todas as perguntas. Contámos ainda com o apoio de outras entidades como a PSP, as Câmaras Municipais e os Bombeiros, porque a intervenção junto deste tipo de estabelecimentos é sempre realizada por outras entidades, que não só a área da saúde”, explicou a responsável.
Elsa Duarte, também do ACES Médio Tejo, referiu que existem “muitas regras a ter em conta” e que “há muitas dúvidas por parte dos proprietários”.
O Manual é organizado por várias secções: “na parte de saúde pública tentámos agrupar de uma forma muito objetiva, com uma linguagem muito clara e escolhemos os temas mais pertinentes. Em termos da organização do Manual estão presentes todos os perigos para a segurança alimentar, por causa dos fungos, bactérias, etc, dando conta do que são e como podem contaminar. Temos uma outra parte sobre as noções de microbiologia, onde é referido o que são as infeções e intoxicações alimentares. Temos ainda uma parte destinada às boas práticas de higiene pessoal, e uma outra dedicada às instalações e utensílios,” fez notar Elsa Duarte.
Maria dos Anjos referiu que esta intervenção junto dos estabelecimentos por parte do ACES Médio Tejo nada tem a ver com o papel assumido pela ASAE: “éramos entendidos como um elemento fiscalizador e punitivo das pessoas, quisemos tirar essa ideia e neste momento as pessoas procuram-nos para satisfazer algumas dúvidas que têm”.
“A ASAE tem um papel fiscalizador. Entendo que a mesma sempre teve um papel mais punitivo das pessoas do que um papel profilático em relação às doenças de origem alimentar e foi este o campo que quisemos ocupar, para transmitir às pessoas como devem estar, como devem fazer e operar, para que não hajam problemas ao nível de doenças contraídas através dos alimentos. Por outro lado, queremos elucidar as pessoas sobre a higiene a ter conta com as suas instalações, onde as pessoas são muito penalizadas quando visitadas pela ASAE”, vincou Maria dos Anjos.
Por sua vez, Lígia Alves, também do ACES Médio Tejo, disse que a equipa está disponível para visitar os estabelecimentos públicos ou privados. "Já faz parte das atribuições deste grupo as visitas referidas, pelo que estamos disponíveis também para receber os agentes económicos e visitar os estabelecimentos sempre que precisem da nossa colaboração".
Por último, as responsáveis deram conta que a “iniciativa foi muito bem acolhida pela direção do ACES, pelo Governo e por várias entidades. “Já tivemos outros agrupamentos de saúde que nos pediram o manual, sendo este um documento de referência”.
Os Manuais estão em todos os serviços de Saúde Pública do ACES Médio Tejo (Abrantes, Alcanena, Constância, Entroncamento, Fátima, Ferreira do Zêzere, Mação, Ourém, Sardoal, Tomar, Torres Novas, Vila Nova da Barquinha).
JMC
