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A Galeria do Centro Cultural Gil Vicente, em Sardoal, inaugurou esta tarde a exposição “Lacuna”, da autoria de Ricardo Triães.
A mostra de arte contemporânea pode ser visitada até 15 de janeiro de 2017 e conta com cerca de três dezenas de instalações à base de cerâmica.
Ricardo Triães disse à Antena Livre que o nome “Lacuna” surge por duas razões: “primeiro pelo tema tratado na exposição onde se coloca o património em perspectiva e a degradação desse mesmo património (…) Em segundo lugar, porque já não expunha há oito anos e era uma lacuna que sentia em termos pessoais”.
Sobre a exposição de arte contemporânea, o artista referiu que é possível encontrar “grandes temáticas: a representarão da cidade, do edificado, do património (…) Depois, há um conjunto de trabalhos que têm a ver com os materiais, a forma como eles são trabalhados e como eles podem ter problemas e perspectivas distintas.Depois acabei por pegar em algo bastante degradado, preenchi e completei. Por último, surge o cogumelo, que representa a degradação, sendo um fungo é um dos principais agentes responsáveis pela degradação do património”, explicou o responsável.
Ricardo Triães, Miguel Borges, presidente da Câmara Municipal e Pedro Rosa, vereador
Miguel Borges, presidente da CM de Sardoal, referiu que a Galeria do Centro Cultural Gil Vicente tem aberto as portas aos artistas naturais da região, avançando que “Ricardo Triães é um artista plástico, mas também é professor no Instituto Politécnico de Tomar e é responsável pela coordenação do nosso TESP em Produção Artística para a Conservação e Restauro”.
“No fundo, é uma exposição dos seus trabalhos onde mostra e apresenta materiais diversificados. É uma recolha e um trabalhar de materiais onde surgem elementos artísticos, que às vezes nem damos bem por eles, nem lhe damos importância, mas o professor consegue dar-lhes uma nova abordagem e reflexão”, acrescentou o autarca.
Ricardo Pereira Triães nasceu em Riachos, no concelho de Torres Novas, a 2 de junho de 1976. É licenciado em Conservação e Restauro, pelo Instituto Politécnico de Tomar, Mestre em Minerais e Rochas Industriais, pela Universidade de Aveiro, e Doutor em Geotecnologias, pela mesma Universidade. É docente do Laboratório de Conservação e Restauro do Instituto Politécnico de Tomar desde 2004.
O Centro Cultural Gil Vicente está aberto ao público de terça a sexta-feira, das 16h às 18h, e aos sábados, das 15h às 18h.
