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Vila de Rei: «PARU: Foi uma machadada que este Governo deu ao interior de Portugal»

23/09/2016 às 00:00

Ricardo Aires é um presidente desgostoso. No âmbito das negociações com a CCDR Centro para o Plano de Ação para a Regeneração Urbana (PARU), o autarca vilarregense afirmou que “não foi negociar. Foi imposto. Fui lá, fiz quilómetros para Coimbra e vim. Já sabia o que era, são 450 mil euros e quase não me deram hipótese de fazer outras coisas”.

 

O presidente da Câmara Municipal de Vila de Rei falou acerca dos fundos disponibilizados aos municípios para a regeneração urbana e afirmou que, com o montante atribuído a Vila de Rei, 450 mil euros, “vamos fazer dois projetos, que tiveram que ser redefinidos pois eram mais arrojados”.

“Um é a demolição da antiga C+S e fazer ali um pulmão de Vila de Rei. Um recinto para recebermos pessoas e também para as pessoas de Vila de Rei estarem com mais comodidade, pois não temos um jardim como deve ser no concelho”, disse Ricardo Aires.

Quanto ao que estava previsto no projeto inicial, e que sofreu agora alterações, “estavam previstos mais equipamentos mas como o dinheiro não é tanto, o projeto teve que ser redefinido”.

“O outro projeto vai ser na zona de equipamentos junto da escola e da piscina, a pensar mais nos nossos jovens, onde poderão, inclusivamente, ter aulas fora da escola. Vai ter um anfiteatro, um pequeno quiosque e uma zona de lazer com circuito de manutenção e alguns equipamentos para jovens”, afirmou o autarca.

“Foram estes os dois projetos que nos foram impostos pela CCDR”, confirmou Ricardo Aires.

Os números e projetos que o Município de Vila de Rei tinha, eram outros. “O valor que tínhamos em projetos era de 2 milhões. Claro que sabíamos que não seria possível mas eu pensava que conseguíamos 1 milhão de euros, que era o que estava previsto. Posso dizer que estes fundos começaram a ser falados em 2014 e 2015 e aquilo que tínhamos em perspetiva do Plano de Ação de Municípios e também do anterior Governo era que os PARU’s deveriam rondar cerca de 1 milhão de euros para cada município. Este Governo fez outras ponderações. Na Zona Centro fez 20/80, que é 20% igual para todos e 80% pelo peso da população. O que se veio a verificar foi que os concelhos que têm menos população têm menos verba atribuída. Acho estranho. Falam que os Territórios de Baixa Densidade vão ter majorações mas o que nós tivemos foi uma majoração menor”, desabafou o presidente vilarregense.

Durante o Feriado Municipal, esteve presente nas cerimónias oficiais o Ministro-Adjunto, Eduardo Cabrita que afirmou que “o interior do país é uma prioridade do Governo”. Ricardo Aires comentou a afirmação: “Sim, foi o que ele disse. Neste caso dos PARU’s não é uma prioridade do Governo e neste momento o que posso dizer é que foi uma machadada que este Governo deu ao interior de Portugal”.

Dos projetos previstos e que não se vão realizar, o presidente referiu que “caíram projetos como a Residência de Estudantes, o alargamento da Calçada da Fonte, que liga a zona velha até à zona nova que vai ter o equipamento que referi e que vamos fazer, uma loja de produtos endógenos e um posto de informação no centro da Vila”.

“Neste momento não é possível, não temos dinheiro para isso. Vão ter que ficar à espera. Não temos outra hipótese”, desabafou Ricardo Aires.

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