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Esta entrevista começou com uma declaração de interesse: não é um balanço do ano, no que diz respeito ao trabalho da Proteção Civil, porque estamos “a meio” da época de risco de incêndios florestais.
Foi uma entrevista gravada a 28 de agosto com um olhar sobre o mês de agosto, depois de quase duas semanas de alerta máximo no país e de incêndios de grande dimensão e duração no norte e centro do país. No Médio Tejo, o mês correu bem. Menos ignições e todas resolvidas com uma primeira intervenção rápida, face ao pré-posicionamento de meios, e musculada.
E essa primeira intervenção tem sido fundamental, assim como a distribuição de meios por todo o território. E deu o exemplo de um incêndio no sul do concelho de Abrantes, resolvido pelos kits das juntas de freguesia ou dos sapadores florestais. Se tivessem de chegar bombeiros de Abrantes ou Ponte de Sor a estas ocorrências, poderiam ser incêndios de maior dimensão.
David Lobato fala ainda sobre a grande preocupação da semana entre os dias 15 e 24 agosto, principalmente com os incêndios de Piodão e Pedrogão. É que em 2017 e 2019 os grandes incêndios que entraram na sub-região, em Mação mais concretamente, vieram da Sertã e de Alvaiázere.
Nesta entrevista, David Lobato, fala sobre as críticas que caíram sobre a proteção civil e diz que há muitas pessoas a falar sem saber que do que falam. Todas as estruturas de comando têm comandantes de bombeiros e 95% dos comandantes da Proteção Civil vieram dos corpos de bombeiros.
Até terminar esta época de fogos florestais (15 outubro) ainda faltam 45 dias e alguns ainda terão temperatura altas ou ventos considerados fortes. Por isso é necessário manter o mesmo foco e a mesma reação rápida e musculada para evitar que um incêndio ganhe dimensão.
Um exemplo desta primeira intervenção foi um alerta de fogo em Aldeia do Mato (Abrantes) que mobilizou no ataque inicial 13 veículos e três meios aéreos.
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