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Covid-19: Pandemia: ECDC prevê maioria de cidadãos da UE imunes na primavera e baixa transmissão

26/01/2022 às 15:15

O Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC) estima que a maioria dos cidadãos europeus tenha imunidade por infeção ou vacinação anticovid-19 até à primavera ou verão, admitindo consequentes baixas taxas de transmissão e passagem para endemia.

“Concordamos que é provável que, nesta primavera ou verão, a maioria dos cidadãos da União Europeia tenha sido previamente infetada com SARS-CoV-2, previamente vacinada ou ambos, e isto pode levar a baixas taxas de transmissão nos próximos meses”, avança o ECDC em resposta escrita à agência Lusa.

Dias depois de a Organização Mundial de Saúde (OMS) ter afirmado que a variante de preocupação altamente contagiosa Ómicron pode infetar 60% dos europeus até março, iniciando uma nova fase da pandemia na Europa que a pode aproximar do seu fim, o ECDC diz à Lusa partilhar desta opinião.

Ainda assim, a agência europeia alerta que “o termo endémico [fase seguinte esperada da covid-19 na Europa] implica uma certa estabilidade e previsibilidade da transmissão da doença, mas isto não impede a ocorrência de surtos ou epidemias que exigiriam medidas de controlo”.

“Ainda é incerto se a Ómicron significará uma fase mais estável e previsível da covid-19 e, nesta fase, é mais importante nos concentramos em como nos adaptar à situação em mudança e mantermo-nos preparado para os próximos passos”, salienta o ECDC.

A posição surge numa altura de elevado ressurgimento de casos de infeção com o coronavírus SARS-CoV-2, que não se traduz para já em elevadas taxas de internamento ou de morte.

A contribuir para o elevado número de casos, que batem máximos, está a elevada transmissibilidade da variante Ómicron do SARS-CoV-2.

No passado domingo, o diretor da OMS Europa, Hans Kluge, afirmou que a variante Ómicron, que pode infetar 60% dos europeus até março, iniciou uma nova fase da pandemia de covid-19 na Europa que a pode aproximar do seu fim.

“É plausível que a região esteja a chegar ao fim da pandemia”, disse o principal responsável da OMS na Europa, ainda assim pedindo cautela, devido à imprevisibilidade do vírus.

Segundo Hans Kluge, “endémico significa […] que se pode prever o que vai acontecer”.

Porém, “este vírus surpreendeu-nos mais de uma vez”, pelo que “devemos ter muito cuidado”, insistiu o responsável da OMS na Europa.

Na União Europeia e no Espaço Económico Europeu, a Ómicron surgiu no final de novembro passado, revelando-se mais contagiosa do que a Delta, a estirpe anterior, e sendo agora dominante.

“Provas de uma variedade de cenários indicam que as infeções com Ómicron têm uma apresentação clínica menos grave e um risco de hospitalização menor do que as variantes anteriores em circulação e isto está provavelmente relacionado tanto com a vacinação, que proporciona proteção contra doenças graves, como possivelmente características intrínsecas do vírus que levam a doenças mais brandas”, explica o ECDC na resposta agora enviada à Lusa.

A covid-19 provocou 5.602.767 mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

Em Portugal, desde março de 2020, morreram 19.661 pessoas e foram contabilizados 2.312.240 casos de infeção, segundo a última atualização da Direção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.

Lusa

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