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VN Barquinha: Fonte da Moita requalificada volta a ser lugar de reencontros (C/ Áudio e Fotos)

14/07/2025 às 12:11

O espaço é emblemático e foi requalificado, dando à população da Moita do Norte, em Vila Nova da Barquinha, mais um motivo para desfrutar da sua terra, com novas valências.

Foi na tarde de sexta-feira, dia 11 de julho, que a renovada Fonte da Moita acolheu todos os que ali se deslocaram para ver o espaço renovado e devolvido à comunidade. Tratou-se de um trabalho da Junta de Freguesia de Vila Nova da Barquinha e da Câmara Municipal, num investimento de “cerca de 20 mil euros”.

O evento, aberto à população, contou com uma breve apresentação da história da Fonte e da sua importância no território, apresentada por Fernando Freire, presidente da Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha, na nova sala que agora poderá ser aproveitada para uma série de eventos. “A história da Fonte da Moita”, deu a conhecer o passado rico deste local carregado de simbolismo. Depois, o povo reuniu-se em redor da Fonte para assistir a uma uma recriação histórica, que devolveu ao espaço os sons, as personagens e os hábitos que marcaram décadas de vivência popular.

Com o apoio do Clube Hípico Margens do Tejo, esta iniciativa pretende valorizar o património histórico, através da recuperação de um local que, desde tempos remotos, desempenhou um papel central na vida da comunidade.

À Antena Livre, Fernando Freire explicou “da importância social” do local, “quer na Moita do Norte, quer em Vila Nova da Barquinha, dos conflitos, à data, com a mudança de extremas” pela domínio social da água, “muito importante nestes tempos do século XIX, essencialmente”.

Para o autarca, trata-se de “um momento de histórias, de recordações, mas também de abertura”.

A requalificação implicou a transformação do espaço “onde antigamente se fazia a decantação da água e que foi reconvertido num salão para convívios ou palestras e toda a envolvente da Fonte”. Este espaço poderá vir a ser utilizado “para noites de fado ou outros eventos musicais” e, para tal, “também aproveitámos para criar alguns lugares de estacionamento”.

No dizer dos historiadores, “a água finíssima da Moita”, foi também aproveitada para os refrigerantes que, durante muito tempo, foram fabricados em Vila Nova da Barquinha. Mas não só. “O engenho da Quinta do Lagarito funcionava com a água desta nascente”.

Hoje, o caudal é bem menor, “mas ainda corre” e a esperança do presidente é que “neste reencontro de gerações, os mais jovens sintam o pulsar e a antiguidade que importa vivificar”.

A Fonte da Moita, cujo topónimo remonta já aos Tombos da Ordem de Cristo (1504-1510), foi recuperada pela Câmara Municipal em 1857. Foi durante décadas lugar de encontro, lavadouro, fonte de água para consumo e ingrediente essencial dos refrigerantes produzidos localmente no século XX. Rodeada por amoreiras e oliveiras, foi também palco de histórias pitorescas de lavadeiras, namorados e até de toiros à solta que por ali passavam vindos da centenária praça de toiros da vila.

Com esta requalificação, a Fonte da Moita afirma-se como um símbolo vivo da memória coletiva e do valor do património na construção da identidade local. No final da tarde de sexta-feira, a requalificação da Fonte da Moita promoveu o reencontro da população com um local marcante noutros tempos.

Fernando Freire, presidente da Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha

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