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Abrantes: Mouriscas e Alferrarede vão ter médico de família, nova USF está a ser trabalhada

4/03/2022 às 17:17
Extensão de Saúde de Mouriscas

Na reunião do Executivo Municipal de Abrantes, realizada esta sexta-feira, 4 de março, o presidente da Câmara, Manuel Jorge Valamatos, deu conta da situação de médicos de família em alguns centros de saúde do concelho e mostrou-se preocupado agora com Rio de Moinhos.

Começou por informar que a médica que vai ser colocada em Mouriscas inicia as consultas na próxima terça-feira, 8 de março. Trata-se da dr.ª Galina, “uma médica que já está integrada na nossa comunidade há algum tempo”. O autarca adiantou também que “vamos ver a presença de uma nova médica às segundas, quartas e sextas-feiras no Centro de Saúde Alferrarede para reforçar o serviço de médicos de família”.

Manuel Jorge Valamatos mostrou alguma preocupação com o conhecimento de algo “que estamos a tratar” e que se prende com a situação da Extensão de Saúde de Rio de Moinhos. Pediu ajuda ao ACES Médio Tejo para um “reforço” neste centro pois, como explicou, “para além da freguesia de Rio de Moinhos, há um apoio importante à freguesia de Aldeia do Mato e Souto que faz transporte de pessoas para este Centro de Saúde”. O presidente disse que o Executivo “está atento a esta situação e queremos ver se, nos próximos dias, conseguimos reforçar as horas neste Centro de Saúde em termos de médico de família”.

À margem da reunião de Câmara, em declarações aos jornalistas, Manuel Jorge Valamatos explicou que a Extensão de Saúde de Rio de Moinhos dá apoio à União de Freguesias de Aldeia do Mato e Souto e o médico está quase numa fase de aposentação e o que desejamos é que haja um reforço de serviço de horas disponível para estas freguesias por forma a responder àquilo que são as necessidades dos seus utentes”.

A falta de médicos de família é um problema de nível nacional e, para Manuel Jorge Valamatos, “é expectável que, nos próximos tempos, o Governo tenha que tomar iniciativas, tendo em conta esta escassez de médicos, sobretudo em algumas regiões do país, mais no interior do que no litoral”. No entanto, acrescentou, “nós criámos na cidade a Unidade de Saúde Familiar D. Francisco de Almeida, que tem uma composição e um funcionamento diferente, com maior capacidade de atrair médicos jovens para o nosso concelho. Criámos também, na margem sul, a Unidade de Saúde Beira Tejo, também com essa nova lógica de organização”. Manuel Jorge Valamatos assumiu, contudo, a necessidade de uma USF a norte e disse que o Executivo estava a trabalhar com o Ministério da Saúde para a conseguir. A razão de ser de uma USF (Unidade de Saúde Familiar) prende-se com “a organização e a estrutura das USF” que disse ter “uma maior capacidade de atração”. Lembrou que a Câmara Municipal de Abrantes “tem um programa de apoio aos médicos que se organizam nas Unidades de Saúde Familiar e é nisso que estamos a apostar”.

O presidente da Câmara referiu que o trabalho que está a ser feito com o Ministério da Saúde está a decorrer “a bom ritmo para estruturar e ter um novo projeto” para uma nova USF a norte do concelho, “mais concretamente em Alferrarede”.

O facto da nova USF ficar localizada em zona urbana, não vai significar que os utentes das freguesias do norte do concelho de Abrantes se desloquem à sede “porque as Unidades de Saúde Familiar têm a capacidade de mobilizar os médicos para trabalharem em equipa” e “em função daquilo que é o dispositivo e as estruturas locais, conseguirmos ter no norte do concelho polos onde esses médicos se deslocam, (...) ao exemplo do que acontece no sul do concelho”.

Para que tal aconteça, é necessário “criar e valorizar as respostas em termos de redes de transporte, quer públicos quer redes de transportes específicos. Isto com o apoio das Juntas de Freguesia para conseguirmos dar resposta, sobretudo em lugares onde há mais dificuldade de deslocar os profissionais”.

Manuel Jorge Valamatos espera agora pelo Ministério da Saúde pois, como afirmou, “nós tudo faremos do ponto de vista das infraestruturas e dos equipamentos para que essas respostas aconteçam. O que desejamos é que o Ministério da Saúde, e o Governo, olhem para esta situação e criem todas as condições para que os profissionais possam vir para as nossas regiões”.

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