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Município de Constância pede esclarecimentos sobre transferência de 32 refugiados com Covid-19 da Ota para Santa Margarida (C/ÁUDIO)

21/05/2020 às 00:00
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O Município de Constância reagiu esta quinta-feira, 21 de maio, à notícia de que 32 dos migrantes que estavam na base aérea da Ota, em Alenquer, infetados com Covid-19, foram na quarta-feira transferidos para o Campo Militar de Santa Margarida.

Recorde-se que a 20 de abril foram colocados em quarentena na Base Aérea da Ota, 171 cidadãos estrangeiros requerentes de asilo que estavam hospedados num hostel em Lisboa, por a grande maioria ter testado positivo à presença do novo coronavírus.

Dos 56 que se encontravam ainda na base aérea, 24 tiveram resultados negativos nos testes e foram para soluções de alojamento na Área Metropolitana de Lisboa. Já os restantes 32, infetados, foram transferidos para a Unidade Militar de Santa Margarida, no sentido de “garantir o seu acompanhamento sanitário e a continuação do confinamento até terem testes negativos", conforme indicou fonte oficial da Secretaria de Estado para a Integração e as Migrações.

A mesma fonte explicou que os 56 foram separados também face à necessidade de a Força Aérea ter de voltar a receber alunos e ter de preparar o próximo ano letivo.

Perante isto, o Município de Constância emitiu um comunicado onde esclarece que já solicitou os “devidos esclarecimentos às entidades competentes acerca da transferência dos trinta e dois refugiados para o Campo Militar de Santa Margarida da Coutada” e que na resposta obtida foi assegurado que “a segurança e a proteção das nossas populações estão garantidas”.

Em declarações à Antena Livre esta sexta-feira, 22 de maio, o presidente do Município, Sérgio Oliveira reforça que "não soube de nada disto previamente" mas apenas depois de "estar consumada" a transferência destes migrantes para Santa Margarida, através de um telefonema, tendo-lhe sido transmitido que "as pessoas estavam em isolamento dentro do campo militar de Santa Margarida e que não iriam sair do espaço onde estão”.

Sérgio Oliveira, presidente CM Constância

Garantindo que vai ser feito o acompanhamento da situação, a autarquia admite solidariedade e ser “pela igualdade e pela integração”, relembrando que “nunca voltámos as costas aos momentos difíceis do nosso País”.

Não obstante, o autarca lamenta que Santa Margarida seja "apenas lembrada para os momentos difíceis”. Posição que é reforçada no comunicado do Município onde se pode ler que "infelizmente Santa Margarida apenas aparece nas agendas para os momentos difíceis” e que é necessário que “a partir de agora todos os decisores políticos fiquem recordados onde fica Santa Margarida da Coutada bem como a sua importância para a região e para o país”.

“(…) Há mais de trinta anos lutamos por uma nova travessia sobre o rio tejo que resolva os constrangimentos que se fazem sentir nesta região e esse problema tem continuado esquecido”, recorda ainda a autarquia constanciense.

Ana Rita Cristóvão

(C/Lusa)

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