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VN Barquinha/Dia do concelho: “Hoje é um dia atípico mas é um dia de esperança” - Fernando Freire (C/ Áudio)

13/06/2020 às 00:00

Em dia de Santo António, o concelho de Vila Nova da Barquinha comemora o seu feriado municipal. Anualmente, por esta altura decorre a Feira do Tejo que são as festas do concelho. Ora, este ano devido à pandemia de Covid-19, os festejos foram cancelados mas o feriado municipal foi assinalado.

A Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha preparou quatro momentos distintos para assinalar esta sua data festiva com a indicação, desde logo, de que os eventos deviam assumir todas as regras definidas pela Direção Geral da Saúde, como sejam o distanciamento social e o uso de máscara nos locais públicos fechados.

Assim, pela manhã foi hasteada a bandeira nos Paços do Concelho que recebeu igualmente a cerimónia de assinatura de um protocolo com a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vila Nova da Barquinha.

Fernando Freire, presidente da Câmara Municipal, falou da mudança da vigência do protocolo, que passa a ser anual, “tendo em conta a nova filosofia da legislação da Proteção Civil Municipal”. O presidente lembrou que o concelho “tem linhas de caminhos de ferro, tem o gás que atravessa o nosso território, tem a questão do cloro na zona norte da Atalaia e tem a floresta. Em termos de Proteção Civil somos prendados”.

Fernando Freire, presidente da Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha

Já o presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vila Nova da Barquinha, António Augusto Ribeiro, referiu-se à mudança “da estratégia, passando o protocolo a ser anual até porque as mudanças estão a acontecer com uma frequência enorme e corríamos enormes riscos com protocolos de três anos, pois tínhamos que os corrigir a meio do processo”.

António Augusto Ribeiro, presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vila Nova da Barquinha

Com o protocolo assinado, os convidados desceram até à Praça da República onde Fernando Freire fez o seu discurso do dia do concelho, começando por lembrar que “hoje é um dia atípico mas é um dia de esperança”. O autarca referiu-se aos “festejos do feriado municipal de Vila Nova da Barquinha, (dia de Santo António) e a Feira do Tejo (festas do concelho), vão ter umas comemorações singelas, as possíveis, dentro do estado de calamidade que vivemos”.

No seu discurso, Fernando Freire não deixou passar os dias que vivemos, falou da pandemia mas também da atual situação social. Disse o presidente que “no início de 2020 a nossa sociedade foi abalada por uma imprevista tempestade mundial que mudou radicalmente o nosso modo de viver e de estar e cujas consequências estamos ainda longe de alcançar. Nada vai ser como dantes, embora haja muitas ilusões que tudo voltará ao que era do antecedente. Certo que continuaremos a lutar e a querer uma Sociedade com espaços de oportunidades de negócio, justiça, e paz.

Vivemos tempos muito complicados, e estranhos, como são exemplo o surgimento de regimes autoritários, o Brexit, os refugiados, a instabilidade política em cada uma das nossas nações, a intolerância de símbolos, o surgimento de novos profetas de uma nação que é, somente, a mais antiga da Europa. Com os recursos humanos mais qualificados de que há memória, vemos crescer o hedonismo e o despotismo. A paz é efêmeros caros amigos”.

E citou Albert Einstein, dizendo que “importa lembrar que não se pode manter a paz pela força, mas sim pela concórdia”. Ou que “O mundo não está ameaçado pelas pessoas más, e sim por aquelas que permitem a maldade.”

Falando para dentro, Fernando Freire assumiu que “estes são os tempos de agradecer aos presidentes das Juntas de Freguesia, aos nossos homens da proteção civil, aos bombeiros, a todos os trabalhadores do Município, mormente aqueles que estão na linha da frente e que nos garantem a limpeza e a higiene pública. Que belo exemplo nos deram os nossos homens e mulheres nesta pandemia. Certo estou que estamos fortes na aérea de intervenção social e humana”.

1No entanto, não deixou de lembrar que “esta pandemia na parte económica ainda não mal começou” e que “tempos complicados nos esperam”.

Após o discurso de Fernando Freire, os convidados deslocaram-se à Galeria do Parque para a abertura da exposição «viewfinder», de Martinho Costa.

As celebrações seguiram depois junto ao Monumento aos Combatentes, onde os alunos do Agrupamento de Escolas de Vila Nova da Barquinha, com a participação do Núcleo da Liga dos Combatentes do Entroncamento e VN Barquinha, depuseram uma coroa de flores em memória dos combatentes do concelho que tombaram nos conflitos armados em representação da pátria.

Houve ainda uma Missa campal junto à Igreja Matriz que foi seguida de procissão automóvel pelas ruas da vila, numa organização da Fábrica da Igreja de Santo António.

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