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O incêndio que aconteceu no domingo, 23 de junho, em Água Travessa, Bemposta, resultou de negligência por uso de máquinas agrícolas.
Esta informação foi alvitrada logo no domingo, mas foi confirmada à Antena Livre pela Guarda Nacional Republicana que é a força de segurança a quem compete identificar as causas e/ou os causadores da ignição. Neste caso confirmou que tudo começou nos trabalhos agrícolas e identificou os responsáveis.
Já o comandante dos Bombeiros Voluntários de Abrantes, António Manuel de Jesus, não revelou as causas do incêndio, remetendo para a GNR, mas deixou o alerta para a presença humana na floresta. É preciso ter cuidados acrescidos nestas alturas, principalmente num ano muito chuvoso em que os combustíveis finos cresceram muito.
E depois acrescentou que é preciso ter cuidado nestes dias de calor nos trabalhos na floresta, em fazer lume ou fumar, ou até fumigar as colmeias.
António Manuel de Jesus lembrou que este foi o maior incêndio registado no concelho de Abrantes nos últimos três anos e que por isso é preciso que todas as pessoas cumpram a Lei e os apelos ou avisos da Proteção Civil.
António Manuel de Jesus, comandante Bombeiros Abrantes
O alerta para o incêndio aconteceu às 15:29 e às 17 horas ainda estava ativo, embora a ceder aos meios. O incêndio tinha nesta altura oito meios aéreos em combate a apoiar mais de 50 viaturas e cerca de duas centenas de operacionais.
Às 17:30 o incêndio estava a entrar em fase de resolução, tendo cedido aos meios de ataque que, entretanto chegaram ao teatro de operações.
As chamas destruíram 43 hectares numa zona de matos entre Água Travessa, a Herdade de Cadouços e a zona de Foros do Arrão, não tendo havido qualquer povoação em risco.
A Proteção Civil deu o fogo como em conclusão às 20:14 para passar a estado de vigilância às 20:46.
