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Covid-19: Ser idoso e ter doenças «não é fatalidade»

18/04/2020 às 00:00

A diretora-geral de Saúde afirmou hoje que “não é uma fatalidade ser idoso, ter doenças” e covid-19, notando que Portugal contabiliza na taxa de mortalidade da pandemia todos os casos de infetados que faleceram, mesmo tendo outras patologias.

“Não é uma fatalidade ser idoso, ter doenças e covid-19. Mesmo entre os idosos, a taxa de mortalidade é relativamente baixa”, afirmou Graça Freitas na conferência de imprensa diária de balanço sobre a pandemia.

A responsável explicou que, em Portugal, a morte de todos os infetados por covid-19 integra a taxa de mortalidade por infeção, mesmo que a “causa básica da morte” seja uma outra doença.

“Em alguém que esteja muito mal, com uma doença neoplásica [uma forma de cancro], mesmo que venha a falecer por causa dessa doença, se estiver infetada por covid contabilizamos como morte por covid. Não estamos a considerar a causa básica da morte”, explicou Graça Freitas.

A responsável da Direção-Geral da Saúde observou ainda que “tem havido crescimento” da taxa de mortalidade por covid-19 mas “desde o início de abril o crescimento diário é estável”.

Quanto à média de idades dos mortos por covid, “no país inteiro” é de 81,4 anos.

“Mas esta média é superior na região Centro, onde é de 83,5 anos”, afirmou.

Graça Freitas referiu ainda que “a maior parte dos óbitos ocorre em hospitais” e que “não se verifica diferença” de mortalidade entre sexos.

A responsável referiu ainda que, muitos dos mortos, além da idade avançada, tinham “várias patologias” associadas, “nomeadamente três, quatro ou até mais”.

Portugal regista hoje 687 mortos associados à covid-19, mais 30 do que na sexta-feira, e 19.685 infetados (mais 663), indica o boletim epidemiológico divulgado hoje pela Direção-Geral da Saúde (DGS).

Comparando com os dados de sexta-feira, em que se registavam 657 mortos, hoje constatou-se um aumento percentual de 4,6 por cento.

Relativamente ao número de casos confirmados de infeção pelo novo coronavírus, os dados da DGS revelam que há mais 663 casos do que na sexta-feira, representando uma subida de 3,5%.

A região Norte é a que regista o maior número de mortos (393), seguida pelo Centro (157), pela região de Lisboa e Vale Tejo (124), do Algarve (9) dos Açores (4), adianta o relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24:00 de sexta-feira.

Lusa

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