A votação para as autárquicas está hoje a decorrer com normalidade, tendo os principais líderes partidários votado durante a manhã e aproveitado para apelar à participação dos portugueses nas eleições, que até às 12:00 tinham uma afluência de 21,7%.
Mais de 9,3 milhões de eleitores estão inscritos para votar nas eleições que vão escolher os presidentes das 308 câmaras, além das assembleias municipais e das assembleias de freguesia para os próximos quatro anos.
As secções de voto abriram às 08:00 e fecham às 19:00 (nos Açores fecham quando forem 20:00 no continente e na Madeira), estando a votação, segundo a Comissão Nacional de Eleições (CNE), a decorrer até ao final da manhã com normalidade sem registo de qualquer problema.
Numa comunicação ao país, no sábado a partir do Palácio de Belém, em Lisboa, o Presidente da República considerou que os fundos europeus, "milhões que não voltam mais", são "uma razão adicional" para se ir votar nas autárquicas, referindo que "boa parte" desses recursos passará pelo poder local.
A afluência às urnas nas eleições autárquicas situou-se nos 21,72% até às 12:00, segundo dados da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna (MAI), um valor superior ao registado à mesma hora nas eleições de 2021.
Os líderes dos principais partidos votaram ao longo da manhã de hoje e o primeiro-ministro e presidente do PSD foi o primeiro a exercer o direito de voto, pouco depois das 09:00, em Espinho, no distrito de Aveiro.
Depois de votar, Luís Montenegro apelou ao voto dos portugueses num “dia muito importante para a democracia”, numas eleições autárquicas em que se decide muito do “futuro, prosperidade e sucesso do país”.
Também a norte, no Porto, votou o secretário-geral do PS, José Luís Carneiro, que igualmente apelou à participação dos portugueses nas eleições autárquicas, um momento “decisivo para o futuro do país”, considerando que a “campanha construtiva” vai contribuir para uma boa adesão eleitoral.
Em Lisboa, o presidente do Chega, André Ventura, disse acreditar numa descida da abstenção nestas autárquicas, e apelou ao voto, lembrando que “fazer escolhas” é a única forma de “manter uma democracia”.
Também a líder da Iniciativa Liberal, Mariana Leitão, apelou à participação nas autárquicas, considerando que constituem um “ato cívico fundamental para o bom funcionamento da democracia” e onde o “poder político está mais próximo das pessoas”.
Depois de ter votado, o porta-voz do Livre Rui Tavares considerou que “ninguém se deve demitir” de participar nas autárquicas, realçando que são eleições cujo resultado tem consequências “muito diretas e práticas” no dia-a-dia dos cidadãos.
Já o secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, que votou hoje pelas 09:40 no concelho da Moita, no distrito de Setúbal, considerou que não existem motivos "para grandes ondas de indecisão nestas eleições".
Por sua vez, o presidente do CDS-PP, Nuno Melo, disse contar que a abstenção não seja muito alta nas autárquicas, após ter esperado cerca de meia hora para conseguir votar, o que classificou como um “bom sinal”.
Também a coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, considerou um "bom sinal" o tempo que esteve a aguardar na fila para votar e espera que o mesmo se repita por todo o país.
No mesmo sentido foram também as declarações da porta-voz do PAN, Inês Sousa Real, que destacou “a grande adesão às urnas” registada nas eleições autárquicas, mas lamentou que os boletins de voto não estejam em braile, apelando a que a situação seja corrigida num “próximo ato eleitoral”.
Na Madeira, o secretário-geral do JPP, Élvio Sousa, apelou igualmente ao voto nas eleições autárquicas, realçando que a democracia constrói-se todos os dias, e disse esperar um bom resultado do partido.
Lusa