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Fernando Alexandre, ministro da Educação “apadrinhou” a apresentação da candidatura do social-democrata João Morgado à presidência da Câmara de Abrantes. Uma candidatura jovem que o PSD caracteriza como “uma nova energia” que está a crescer em Abrantes.
Houve candidato, os cinco pilares da candidatura, algumas propostas concretas e a apresentação de cabeças de lista a oito as 13 freguesias de Abrantes. Se o candidato João Morgado é um jovem e as listas vão refletir juventude, não é menos verdade que o PSD apresenta nas mulheres uma outra força desta “nova energia”. Dos oito cabeças de lista apresentados a outras tantas freguesias, sete são mulheres.
A meio do seu discurso, João Morgado, apontou este caminho que está a ser trilhado com os jovens, mas com a muita força das mulheres.
Sem apontar a outros elementos que vão constituir as suas equipas à Câmara e Assembleia Municipal, João Morgado afirmou várias vezes querer fazer diferente na sua candidatura que é a pensar em Abrantes e no futuro. Deixou duas ou três bicadas à maioria do Partido Socialista, que disse estar estagnada e a não conseguir desenvolver a cidade e o concelho, com ideias ultrapassadas ou sem ambição. Mas, desde logo, apresentou a ideia de apostar forte no tecido económico com captação de empresas e indústrias que permitam alavancar o desenvolvimento do concelho e fixar os jovens. E indicou as três grandes ideias: crias incubadoras não tecnológicas nos parques industriais, promoção do Polo Tecnológico com empresas “Gazela” e a criação de uma grande Feira Empresarial e Comercial de Abrantes.
Mas o candidato apresentou ainda uma outra proposta concreta, a criação de uma Feira Internacional da Flor, como forma de promover Abrantes e uma das suas grandes identidades.
João Morgado, se ganhar as autárquicas, quer implementar uma Assembleia Municipal dos Jovens e criar uma plataforma de transparência onde irá dar a conhecer todos os processos de contratação pública, “mesmo os que tenham valores abaixo dos cinco mil euros.”
Nesta a sua intervenção voltou a falar das Festas da Cidade, para reafirmar que “não somos contra as festas da cidade. Somos contra o despesismo.” E não querendo falar dos adversários vincou uma das suas motivações: “Haverá motivação maior do que por a andar o que está parado há demasiado tempo?”
Não esqueceu as acessibilidades e quer voltar a colocar na ordem do dia travessia do Tejo, a ponte entre o Tramagal e Abrançalha, “que está há anos no papel e tem de ser uma realidade”, para logo de seguida dizer que é preciso criar uma alternativa à atual linha rodoviária que liga Fontes a Abrantes. “Temos de criar uma alternativa eficiente para diminuir o tempo que demora a chegar de Fontes à cidade.”
Destacou a necessidade de aumentar o número de carrinhas do cidadão e acrescentar mais valências estas, lembrando que na sua génese esteve uma candidatura ao Orçamento Participativo que quer voltar a colocar no terreno.
Sobre a Floresta disse ser uma das suas preocupações e que, por isso, “temos de estar alinhados com o Plano Florestal 2050 do governo.”
João Morgado disse estar a olhar para um dos problemas do interior que é uma propriedade rural fragmentada, ao mesmo tempo que nota a vontade, e necessidade, de voltar a ligar a cidade ao rio Tejo.
O jovem líder da JSD distrital aporta ainda uma previsão, de que os adversários vão “tentar ridicularizar-nos pela nossa juventude”, mas quer dar de imediato a resposta, que a essas eventuais críticas dirão “é por vossa culpa que jovens como nós nos chegamos à frente.”
João Morgado referiu ainda que “gostar de Abrantes não é gostar de tudo o que se faz. Alimenta-se esta ideia de que só gosta de Abrantes quem não faz perguntas ao poder vigente. Eles Não são os donos desta terra. Abrantes é de todos nós.”
E depois vincou que “acreditamos numa forma diferente de estar na política. Sem insultos e com propostas.”
João Morgado, candidato AD CM Abrantes
Fernando Alexandre, ministro da Educação e cabeça de Lista do PSD às últimas legislativas teceu vários elogios ao candidato João Morgado e aos jovens em geral. E indicou vários exemplos de como os jovens podem mudar as coisas nos mais variados territórios ou nas diversas estruturas. Porque aportam outras ideias, outros problemas e outras formas de olhar para a vida.
Fernando Alexandre deixou ainda a nota de necessidade de dosear as equipas com gente nova e outra com experiência. E é dessa mescla que saem depois equipas unidas e transformadoras.
“Uma pessoa com a idade do João, do ponto de vista intelectual, está no auge. Nas sociedades os jovens parece que nunca estão preparados para assumir cargos de liderança. Eu critico isso há muitos anos”, disse o ministro que afirmou ter no seu gabinete, no anterior governo, o mais jovem elemento, com 23 anos.
“Abrantes, como muitos concelhos do distrito, tem um enorme potencial. Obrigado pela tua disponibilidade para a política”, concluiu Fernando Alexandre.
Fernando Alexandre, ministro Educação
José Moreno Vaz, presidente da concelhia indicou que em 2020 o partido iniciou um processo de credibilização e que foi daí que o jovem João Morgado reativou a JSD de Abrantes e acabou por ser eleito líder da JSD distrital.
“Queremos ganhar, mas não se fica por um mandato. Confiamos nos abrantinos que vão perceber que está aqui a oportunidade de mudar. A população está saturada do marasmo do PS no concelho.”
Depois confessou que a recetividade nas respostas aos convites para apoio às listas é elevada e que o partido pretende “concorrer a todas as freguesias, o que não acontece há muitos anos.”
José Moreno Vaz, presidente concelhia de Abrantes do PSD
Pedro Pereira, presidente da distrital do CDS-PP, destacou que esta candidatura nasceu das vontades do PSD e CDS e do povo de Abrantes “perante políticas de marasmo do PS.” Depois caracterizou João Morgado como “um jovem com visão e com uma equipa forte e coesa preparada para mudar cada rua e freguesia do concelho de Abrantes. A mudança precisa de coragem.”
Pedro Pereira, presidente distrital CDS-PP
Ricardo Oliveira, presidente da distrital do PSD, salientou que inicialmente, quando se começou a falar desta candidatura, poderia ser algo sem sentido. “Mas quando fomos solidificando a ideia de futuro para o concelho de Abrantes formos percebendo que é preciso uma nova energia em Abrantes. Se o único defeito é o João ser jovem, então a solução é simples: o tempo encarregar-se-á de ultrapassar esse defeito.”
“O João Morgado tem todas as condições para ser um grande presidente de câmara”, disse o dirigente partidário apontado depois aos adversários socialistas. “Temos de Abrantes a pior ministra da Agricultura que o país conheceu. Fica na história. É isto que o Partido Socialista de Abrantes consegue produzir”.
E depois as críticas ao atual presidente da Câmara, “um homem que parece não ter visão, ambição, não saber o que quer para o concelho de Abrantes.”
Ricardo Oliveira, presidente distrital PSD
O dia não era de apresentação de programa, mas ficaram as ideias genéricas que estão a ser trabalhadas. E também não era de apresentação de listas, mas foram apresentados os cabeças de lista a oito freguesias:
- Abrantes e Alferrarede - Cristina Andrade
- Aldeia do Mato e Souto - Luísa Pedro
- Alvega e Concavada - Sandra Bexiga
- Carvalhal - Filomena Maia Mendes
- Fontes - Nélia Gaspar
- Pego - Francisco Vicente
- São Miguel do Rio Torto e Rossio ao Sul do Tejo - Luísa Ruivo
- Rio de Moinhos - Ana Maria Silva
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