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O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) confirmou esta quinta-feira que o fenómeno de ventos fortes que ocorreu em Sardoal, ao final da manhã de 3 de maio, foi mesmo um tornado.
De acordo com um comunicado emitido esta quinta-feira o IPMA relata que “no dia 3 (maio), às 11:42-11:44, ocorreu o tornado de Sardoal (Sardoal), classificado como IF1.5, ou seja, com vento máximo instantâneo de magnitude 50 m/s ou 180 km/h), com um trajeto de extensão superior a 3000 m, segundo um rumo sul/sudoeste-nor/nordeste.”
E na mesma nota o IPMA divulga duas imagens que “mostram alguns dos efeitos produzidos por este tornado em árvores.”
De notar que o IPMA já tinha anteriormente confirmado dois tornados no dia 2 de maio, em Beja e Campo Maior.
Acrescenta que no dia seguinte, 3 de maio, um sábado, registaram-se duas novas ocorrências em Portugal e, pela primeira vez, o Instituto aplicou a escala de Fujita Internacional (IF, International Fujita) para a categorização quantitativa dos fenómenos. Esta escala, cuja versão atual foi publicada pelo ESSL (European Severe Storms Laboratory), em 2023, constitui uma tentativa de exprimir a intensidade de fenómenos de vento forte de uma forma suficientemente genérica, de modo a permitir comparações internacionais. Acresce que ao contrário de anteriores escalas, como a escala clássica de Fujita (F, 1971), a de Torro (T, 2012) e a de Fujita melhorada (EF, 2004), que fazem corresponder a cada classe uma gama de valores de vento máximo instantâneo (média deslizante de 3 s), a escala IF atribui a cada classe um valor de vento máximo instantâneo.
Para além do Sardoal, na manhã desse dia, às 07:06 ocorreu o tornado no oceano perto de Sesimbra que se dissipou ao alcançar terra. Desta forma o IPMA revela não ter sido possível “recolher elementos para o categorizar.”
