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Proteção Civil: Médio Tejo reforça sistema de proteção civil com investimento de 4 ME em equipamentos (c/áudio)

11/09/2025 às 22:30

A Comunidade Intermunicipal (CIM) do Médio Tejo apresentou esta quinta-feira, 11 de setembro, 11 camiões com módulos diferenciados e uma embarcação de socorro que vão “robustecer” um sistema de gestão integrada de proteção civil deste território. Trata-se de um investimento de 4 milhões de euros (ME) financiado a 85% pelo Portugal 2030 através da ITI do Médio Tejo, o que representa um envelope financeiro comunitário de 3,3 ME garantidos através da Comissão de Coordenação da Região (CCDR) Centro. Os restantes 15% foram garantidos pelos 11 municípios que integram esta sub-região.

Esta foi uma aposta clara dos Municípios do Médio Tejo que, de acordo com o presidente da Comunidade Intermunicipal, escolheram esta área como prioritária, em detrimento de outras que podiam receber apoio destes fundos financeiros europeus.

Ainda de acordo com Manuel Jorge Valamatos, o investimento na área da Proteção Civil é superior, tem um pacote financeiro de 6 ME, sendo que agora foram entregues os camiões, módulos e embarcação, mas até ao final do mês serão distribuídos 272 Equipamentos de Proteção Individual (EPI), num valor de meio milhão de euros, para reforço da proteção e segurança dos operacionais.

Este primeiro investimento da sub-região, materializa-se nestes 11 veículos e uma embarcação para operar no Castelo de Bode.

Miguel Pombeiro, secretário executivo da CIMT explicou a distribuição feita.

 

Miguel Pombeiro, secretário-executivo CIMT

Manuel Jorge Valamatos, presidente da CIMT e do Município de Abrantes, destacou ainda que este investimento assenta num “modelo de cooperação e partilha” entre os 11 municípios do Médio Tejo, ao nível da proteção civil, que visa “permitir que toda a CIM fique apetrechada de equipamentos e módulos diferenciados”, sendo os mesmos distribuídos” por cada um dos concelhos, funcionando em “interoperabilidade” e “ao serviço do território e da comunidade” do Médio Tejo.

 

Manuel Jorge Valamatos, presidente CIMT

Isto é otimização de recursos, de meios, de financiamento disse o autarca em declarações aos jornalistas após a cerimónia de entrega dos equipamentos.

 

Manuel Jorge Valamatos, presidente CIMT

Houve um concurso público para aquisição destes equipamentos, no valor de 4 ME, estava dividido por três lotes. Um dos lotes foi para as 11 viaturas, tendo sido adjudicados em dezembro de 2024 por 1,9 ME, a que acresce o valor do IVA.

Estas 11 viaturas, uma para cada município do Médio Tejo, configuram-se como “carros de bombeiros adaptáveis a diferentes módulos da proteção civil”, com diferentes valências e funções.

O segundo lote, adjudicado pelo valor de 1,6 ME, respeita à aquisição de “11 módulos intermutáveis”, com possibilidade de rotação entre os municípios. Seis destes módulos são de combate a incêndios, um de bombagem, um gerador e iluminação, um módulo autónomo de ar respirável, um módulo de busca e salvamento e um módulo de proteção multirrisco ambiental.

Já o terceiro lote, no valor de cerca de 120 mil euros, era direcionado para a aquisição de uma embarcação multiusos, com funções de busca, reconhecimento, salvamento e transporte.

Numa fase posterior, serão feitos alguns investimentos, quer na unidade local de formação de Caxarias, quer na base de apoio logístico do comando sub-regional do Médio Tejo, em Praia do Ribatejo, Vila Nova da Barquinha.

 

Manuel Jorge Valamatos, presidente CIMT 

O projeto conta com 85% de financiamento comunitário, sendo os restantes 15% assumidos pelos 11 municípios do Médio Tejo.

Luís Filipe, vogal da CCDR Centro, a autoridade de gestão destes fundos comunitários, indicou que há um apoio neste financiamento duplo, por um lado o apoio à Proteção Civil, mas por outro um apoio no combate às alterações climáticas.

“Discutimos muito se os fundos deveriam ir para prevenção ao combate e percebemos que tem de haver para os dois lados”, afirmou o gestor do programa.

O gestor do Portugal 2030 na região centro vincou a importância desta candidatura, a ser feita em escala pelos 11 territórios por isso mais profícua nos resultados.

 

Luis Filipe, CCDR Centro

Luís Filipe disse ainda, à margem da cerimónia, que a CIMT do Médio Tejo está no top três no aproveitamento de fundos comunitários.

Luis Filipe, CCDR Centro

Presentes na cerimónia estiveram vários representantes da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), desde o comandante e segundo comandante do Médio Tejo, David Lobato e João Pitacas, o comandante da Região de Lisboa e Vale do Tejo, Elísio Oliveira, o comandante nacional, Mário Silvestre, e o presidente da Autoridade, José Manuel Moura.

E foi o presidente da ANEPC felicitou a iniciativa que vem enriquecer os recursos humanos e os corpos de bombeiros, porque o equipamento fica mais robustecido com estas viaturas. E vincou que o trabalho da Proteção Civil não é apenas incêndios florestais, há incidentes de outras tipologias e os bombeiros devem estar preparados para intervenção multirrisco.

José Manuel Moura, presidente ANEPC


O presidente da ANEPC deixou um agradecimento ao comandante Mário Silvestre porque o documento que agora foi concretizado começou a ser preparado há dez anos quando o comandante nacional era o comandante distrital de Santarém.

A CIM Médio Tejo integra os concelhos de Abrantes, Alcanena, Constância, Entroncamento, Ferreira do Zêzere, Mação, Ourém, Sardoal, Tomar, Torres Novas e Vila Nova da Barquinha.

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