Abriu, mais um ano, o restaurante pedagógico do Agrupamento de Escolas Verde Horizonte, de Mação.
Como é hábito, a cada ano letivo, com novos alunos dá-se a abertura do restaurante que permite aos alunos de cozinha e restauração, por um lado, e turismo, por outro, apresentar os seus dotes de aprendizagem
Após a refeição, Rufina Costa, diretora do agrupamento, caracterizou o restaurante pedagógico da escola como “restaurante mais especial do país. Porque é realmente inaugurado todos os anos. É verdadeiramente especial.”
E depois explicou que “é inaugurado porque tem uma intenção. Ou seja, a capacidade da escola todos os anos de se reinventar e todos os anos de fazer algo diferente. Isso só é possível se efetivamente as pessoas estiverem unidas e houver espírito de interajuda e de trabalho em dúvida. Eu acho que isso nós temos de sobra. Aliás, não quero de sobra. E é por isso que falamos em excelência.”
A diretora, que faz a primeira inauguração neste cargo, manifestou ter pena de não ter podido convidar todo o agrupamento.
Dirigiu-se depois aos convidados da noite, destacando o novo executivo municipal que esteve presente no evento e deixou a mensagem de esperança que esta presença “signifique para vós aquilo que significa para nós. Que é todo um trabalho de equipa.
De cooperação que vamos iniciar agora. Podem contar connosco, assim como nós contamos convosco.”
Rufina Costa, diretora Agrupamento Escolas Verde Horizonte
José Fernando Martins, novo presidente da Câmara Municipal de Mação, destacou a inauguração que todos os anos é falada na vila.
O autarca destacou as palavras da diretora, de que a emenda nunca é a mesma, é sempre diferente. Portanto, “mostra muito a criatividade”, frisou, tendo acrescentado palavras de estímulo, de incentivo.
E depois manifestou, da parte da Câmara, disponibilidade “para toda a colaboração e toda a abertura para dar as melhores condições a alunos, a professores, a pessoal não docente. Portanto, estaremos cá para avaliar todas as situações e estaremos sempre de mão dada e de braço dado com a escola. Porque ela é o garante, é um bocadinho o motor e o coração do nosso concelho.”
José Fernando Martins, disse concluiu que “toda a escola pode contar connosco para aquilo que tiver ao nosso alcance. Estaremos sempre disponíveis para conversar e para apoiar naquilo que for necessário.”
José Fernando Martins, presidente CM Mação

Este ano a ementa preparada teve como produto central o medronho, fruto local desta época do ano. A chef Bárbara Vieira explicou que “pensamos sempre, quando começamos a definir este jantar, na valorização da gastronomia local. E o medronho é um produto que as pessoas se identificam muito nesta região. Todos os anos trabalhamos um produto diferente nesta abertura do restaurante e achámos que o medronho era um produto muito digno e de valor para trabalharmos.”
Bárbara Vieira concorda que as pessoas têm muito o conceito de a aguardente do medronho, mas acrescenta que “o medronho permite-nos fazer coisas na cozinha fantásticas, não só ao nível da pastelaria, como é óbvio, mas ao nível do salgado.”
Depois seguiu-se o prato com lúcio perca. “Achamos que é por aqui que a gastronomia portuguesa tem que trabalhar. Os conceitos inovadores, as tendências, conseguem ser aplicadas de uma forma, trabalhando com a valorização local. Se temos coisas tão boas para trabalhar, o mel, o queijo, o medronho, porque não trabalharmos de uma forma muito digna e moderna? Os alunos interiorizam esse espírito? Interiorizam, principalmente porque vêm de todos os estágios que reconhecem muito essa valorização”, explicou a coordenadora do curso profissional de cozinha e restauração.
E acrescentou que os alunos “hoje trabalharam o peixe, filetaram, prepararam, de uma forma que é bonita de se ver. Porque também eles apanharam isso no seu passado e agora ficam contentes do significado.”
E à pergunta se os alunos tentam incutir algumas das coisas que vêm de casa, que os avós ou que os pais fazem, Bárbara Vieira responde: “Tentam incutir e nós aceitamos tudo aquilo que nos sugerem. Temos miúdos que conseguem estar a olhar parra um produto e dizer podia ser desta forma e nós aproveitamos e fazemos.”
Chef Bárbara Vieira
E a ementa depois da receção contou com uma chamuça e cogumelos, maça e mar-melo.
Lúcio perca com migas de almeirão e puré de feijão

O pão de ló e o medronho

Ao longo do jantar a artista residente do agrupamento de escolas Verde Horizonte, Francisca Correia, apresentou-se de forma diferente, com temas originais em vez de fado. Interpretou temas, em acústico, da sua banda de originais Athis.
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