O Restaurante Nersant, espaço icónico na promoção da gastronomia regional em Torres Novas, vai encerrar a sua atividade neste mês de dezembro, concluindo um percurso de 25 anos.
“Mais do que a despedida de um espaço que marcou gerações, este encerramento representa também o fim da atividade da empresa”, explica o proprietário, Joaquim Eduardo.
Ao longo de um quarto de século, o Restaurante Nersant consolidou-se como um ponto de encontro na região, acolhendo famílias, profissionais e visitantes. Parte da memória coletiva de muitos que por ali passaram, mas também de sabores intemporais, o espaço distinguia-se pela proximidade com o público e pelo compromisso diário com a qualidade.
“Toda a equipa agradece profundamente o apoio, a confiança e a preferência demonstrados ao longo destes 25 anos. Foi um privilégio partilhar com todos os clientes, amigos, fornecedores e colaboradores esta história de sabores, conversas e boas amizades”, destaca Joaquim Eduardo.
O Restaurante Nersant deixa um agradecimento especial a todos os que contribuíram para este caminho e sublinha que a ligação construída com a comunidade permanecerá como o maior legado deste projeto.
Uma vida a “saber comer”
Joaquim Eduardo é uma figura ímpar da gastronomia da região de Torres Novas. Natural da aldeia de Soudos (Tomar), esteve na Marinha, trabalhou numa loja de eletrodomésticos e vendeu produtos químicos para manutenção industrial, antes de assumir a restauração como vocação. A primeira paragem foi no restaurante Távola, localizado no centro de Torres Novas. Depois, seguiu-se a gestão da concessão do Restaurante Nersant, que agora encerra.
Apaixonado pela cozinha e pelo contacto com o público, Joaquim Eduardo esteve sempre envolvido em todas as dimensões do negócio, acompanhando a qualidade do que chegava e era preparado na cozinha, tendo ainda buscado formação adicional para aperfeiçoar técnicas. Na sala, era o anfitrião e a alma da casa.
No percurso pessoal e profissional, é igualmente reconhecido pela relação próxima com clientes e colaboradores, assim como pelo envolvimento da família no projeto, valorizando a continuidade e o espírito de comunidade que marcaram o restaurante.
Em 30 anos de gastronomia, Joaquim Eduardo foi um promotor ativo dos sabores da região, como o cabrito assado à Serra D’Aire, prato marcante da sua carta. A excelência levou-o a inúmeras participações em festivais e programas de televisão.