A presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDR-LVT), Teresa Almeida, é recandidata a um segundo mandato nas eleições que se realizam em janeiro, revelou hoje a própria à Lusa.
De acordo com a atual presidente da CCDR-LVT, a recandidatura, submetida na segunda-feira, é apoiada pelo PS e pelo PSD.
“Há muitos desafios nestes próximos anos e eu estou muito entusiasmada para continuar a fazer e a cumprir os desafios que temos pela frente. Fiquei muito satisfeita também por haver acordo entre o PS e o PSD para a minha recandidatura. Sou candidata única, o que quer dizer que houve um reconhecimento do meu trabalho”, disse, em declarações à Lusa.
As eleições dos presidentes e de um vice-presidente para cada uma das cinco CCDR foram marcadas pelo Governo para 12 de janeiro.
PS e PSD acordaram a eleição de candidatos social-democratas para as CCDR do Norte e do Centro e socialistas para LVT, Alentejo e Algarve.
Álvaro Santos, até agora vice-presidente da Câmara de Gaia, anunciou hoje numa publicação na rede social LinkedIn a sua saída do cargo para concorrer à presidência da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N).
O atual presidente da CCDR do Algarve, José Apolinário, disse à Lusa que deverá manter-se no cargo, com o apoio de PS e PSD, e Ricardo Pinheiro, ex-deputado do PS por Portalegre e antigo autarca de Campo Maior, revelou que é apoiado pelo seu partido e também pelos sociais-democratas para se candidatar à presidência da CCDR do Alentejo.
O ex-autarca social-democrata de Aveiro e de Ílhavo Ribau Esteves anunciou na semana passada a sua candidatura à CCDR Centro, com base num acordo entre o PSD e o PS nacional.
Várias estruturas partidárias têm criticado os acordos entre os dois maiores partidos autárquicos para escolha prévia dos candidatos às comissões de coordenação, mas o presidente dos Autarcas Social Democratas (ASD), Amadeu Albergaria, defendeu hoje a importância de um "consenso alargado" entre partidos, salientando a importância do "conhecimento efetivo dos territórios e sensibilidade para a realidade das autarquias".
Os presidentes das CCDR são eleitos para um mandato de quatro anos por colégios eleitorais de autarcas das respetivas regiões, constituídos pelos presidentes de câmara, presidentes das assembleias municipais, vereadores eleitos e deputados municipais, incluindo os presidentes das juntas de freguesia.
Os vice-presidentes, um por cada região, são eleitos por um colégio eleitoral constituído pelos presidentes das câmaras municipais.
No dia eleitoral, a eleição dos presidentes decorre em todas as assembleias municipais, em simultâneo e ininterruptamente, entre as 16:00 e as 20:00.
No mesmo dia, as eleições para o vice-presidente decorrem também em simultâneo e ininterruptamente, mas nas instalações das comunidades intermunicipais (CIM) e das áreas metropolitanas.
Os dirigentes eleitos das CCDR estão também sujeitos a regras de limitação a três mandatos consecutivos.
Além destes dirigentes eleitos indiretamente, o Governo está a desenvolver alterações para a nomeação de cinco vice-presidentes para as áreas da Educação, Saúde, Cultura, Ambiente e Agricultura, que reportam diretamente ao executivo nacional.
Lusa