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Abrantes: Tectania volta a ser tema e Farinha Pereira está à espera da IP

14/10/2020 às 00:00

O vereador do PSD na Câmara de Abrantes voltou a insistir com a maioria PS acerca do ponto de situação da empresa Tectania. Rui Santos reiterou que não acredita na instalação da empresa que disse tratar-se de uma campanha política da anterior presidente da Câmara.

“Em maio de 2019 aprovámos em sessão de Câmara o prolongamento por mais um ano relativamente à celebração do contrato de compra e venda. Esse ano já passou”, lembrou o vereador que disse gostar “de saber qual é o ponto de situação, se tem mantido contacto com os investidores, se este negócio é para deixarmos cair de uma vez por todas e para não voltarmos a falar dele”.

Rui Santos garantiu estar “na disposição de retirar tudo o que disse no dia que vir esta empresa criar postos de trabalho em Abrantes” mas, reiterou, “não acredito que isso venha a acontecer”. “Na altura, foi uma mera campanha política” da anterior presidente da câmara, afirmou o vereador social-democrata.

Manuel Jorge Valamatos pediu “mais tolerância” para a Tectania e disse que “este é um assunto complexo”. O presidente da Câmara de Abrantes deixou no ar que haverá alguns desenvolvimentos mas “que a seu tempo anunciaremos”. Contudo, se “a relação do Brasil com a Europa já não era uma situação fácil”, segundo o autarca, “neste momento, a situação de pandemia obriga a um momento de alguma tolerância. Quando começarmos a desconfinar temos que voltar à carga e fazer ponto de situação”. Manuel Jorge Valamatos relembrou, no entanto, que “a Tectania continua a ter sede social no Parque de Ciência e Tecnologia – Tecnopolo”.

Ainda na reunião de câmara, o vice-presidente João Gomes lembrou que não são apenas os grandes investimentos que fazem a diferença, contando os postos de trabalho criados recentemente em apenas uma artéria do concelho.

“Num período de meses, só na artéria que é a Avenida António Farinha Pereira, a F. Gil criou 23 postos de trabalho, a Verde Soalheiro criou 15 postos de trabalho e o McDonald’s criou 50 postos de trabalho. Só naquela avenida, em pouco tempo, foram criados 88 postos de trabalho e isso é de salientar”, disse o vice-presidente, acrescentado que “estamos a falar de grandes indústrias, que também queremos, mas os pequenos também fazem grandes”.

Aos jornalistas, o presidente da Câmara voltou a afirmar que a pandemia “condicionou e parou um conjunto de processos onde a Tectania também está envolvida”. Mas disse ainda “ter esperança que a Tectania possa vir a acontecer” e garantiu que continua a haver contactos, “sendo que a situação é muito difícil mas também não somos nós que controlamos os investidores. Fizemos tudo e continuaremos a fazer tudo o que estiver ao alcance do Município para criar as melhores condições para o projeto da Tectania possa avançar”.

A Avenida António Farinha Pereira

Com os investimentos que estão a surgir em Alferrarede, a desclassificação da Avenida António Farinha Pereira voltou a ser tema em cima da tema mas o processo para a passagem para a gestão camarária está a revelar-se “extremamente difícil”.

“Há anos que desejamos a desclassificação da Farinha Pereira desde o nó do Olho de Boi até às Barreiras do Tejo”, disse Manuel Jorge Valamatos que informou que “já perdemos várias oportunidades de ter projetos enquadrados em quadros de apoio comunitário e estamos agora numa fase em que poderíamos voltar a pensar e a reconquistar essas candidaturas e transformar, de facto, uma via estruturante com maior qualidade, com passeios e com uma dinâmica de cidade”.

Mas a Infraestruturas de Portugal (IP) “nunca nos permitiu que esta via passasse para a nossa gestão mas vamos continuar a lutar por isso pois é um assunto de grande relevância”.

O facto de a Avenida António Farinha Pereira se situar em plena Estrada Nacional 2 poderá vir a complicar ainda mais a desclassificação, com a toda a envolvência da EN2 nos dias de hoje?, questionámos. Manuel Jorge Valamatos não acredita porque “existem outros troços da EN2 que estão desclassificados” e falou do que acontece “entre a ponte rodoviária de Rossio ao Sul do Tejo e a Arrifana. Esse troço foi desclassificado, é da nossa responsabilidade e vamos agora fazer uma intervenção de asfaltamento. E a outra parte não é”.

O presidente da Câmara de Abrantes disse “não compreender esses critérios que me deixam extremamente triste”.

Por parte da Infraestruturas de Portugal, o autarca afirmou que levantam “variadíssimos argumentos” mas que vai continuar a lutar pois “é importantíssimo que esta avenida, com todos os custos associados, passe para a nossa gestão para a podermos qualificar e devolvê-la à cidade, ao concelho e à região”.

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