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Montalva/Izidoro: Montalva/Izidoro adapta instalações para produção de energia solar num investimento de 3 ME

2/04/2021 às 09:59

O grupo Montalva/Izidoro dotou quatro das suas fábricas com 11.090 painéis solares fotovoltaicos, para produção de energia para autoconsumo, um investimento de três milhões de euros que vai reduzir a emissão de 2.400 toneladas de CO2 por ano.

Este projeto resulta de uma parceria a 15 anos estabelecida com a Helexia, responsável pelo investimento, a instalação dos equipamentos, bem como a manutenção e gestão dos ativos, e vai permitir, segundo o promotor, uma potência instalada nas várias centrais de 3,5 megawatt-pico (MWp), uma produção anual de 5,4 gigawatt-hora (GWh) e uma redução das emissões de 2.400 toneladas de dióxido de carbono (CO2) por ano, o que equivale ao abastecimento médio de 1.200 agregados familiares por ano.

As unidades industriais de Montijo, Torres Novas, Milharado e Santarém foram, assim, dotadas de painéis solares instalados na cobertura dos edifícios e, num dos casos, num terreno contíguo, que vão produzir uma parte da energia necessária para a sua operação, proveniente de fontes renováveis e a um custo mais baixo do que a do fornecedor de energia.

“No fim dos 15 anos de contrato, a propriedade deste equipamento - que ainda está operacional e que tem um ciclo de vida de pelo menos de 25 anos - passa então para o cliente, neste caso o grupo Montalva, que, a partir desse momento, tem apenas como custo a operação e manutenção”, explicou à Lusa o presidente executivo (CEO) da Helexia, Luís Pinho.

Segundo o responsável, as empresas têm optado por este tipo de projetos “chave na mão” para a criação de unidades de produção de energia, à medida que se vão tornando mais baratos ao longo dos anos e, logo, mais competitivos, com a “vantagem imediata de ter um sistema a produzir energia de fontes renováveis”.

“O que nós queremos fazer com a transição energética é ajudar as empresas, por um lado, a produzirem uma parte da sua energia através de fontes renováveis e com utilização de espaços que têm e que não utilizam de outra forma, como as coberturas e parques de estacionamento, por exemplo”, explicou o CEO da Helexia.

“Se, por um lado, temos a vertente da produção de energia de fonte renovável, que obviamente é importante, o outro aspeto importante é a parte da eficiência energética e como é que as empresas podem produzir a mesma coisa utilizando menos energia”, acrescentou.

Portugal comprometeu-se, em 2016, a assegurar a neutralidade carbónica até 2050 e, segundo o Roteiro para a Neutralidade Carbónica 2050 (RNC2050), a indústria será um dos setores com maiores desafios para a descarbonização, face ao leque ainda limitado de opções tecnológicas que permitem reduzir as emissões, em particular as emissões relativas a processos industriais.

No entanto, a indústria nacional deverá, segundo o RNC2050, sofrer “profundas transformações”, para reduzir as suas emissões em cerca de 70% (face a 2005).

Lusa

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