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O último fim de semana de outubro, já é tradição, traz a mudança da hora, mas traz o evento mais doce de Abrantes, quer chova ou esteja sol e calor. Trata-se da Feira Nacional de Doçaria Tradicional de Abrantes que volta a transformar a Esplanada 1.º de Maio num complexo que pode ser uma híper-bomba calórica, mas que atrai milhares de visitantes.
E este ano volta a repetir-se a romaria de pessoas a entrar na tenda para espreitar o que há, se há novidades, para provar qualquer coisa ou para levar já a sobremesa para o sábado.
E há novidades, uma de Constância e outra da Sertã. E juntam-se sabores conventuais, pois claro, doces com muito açúcar, ovos e amêndoa de norte ao Alentejo e com a presença das ilhas. Ao lado dos doces, há ainda espaços para o mel ou para os licores, ou não fossem produtos igualmente “açucarados”.
A Feira de Doçaria aponta este ano à presença da Rota da Estrada Nacional 2, com um stand a dar as boas-vindas ao evento e que vai ter representantes de vários pontos do país, dos concelhos atravessados pela “estrada que nos une”.
Depois ainda há livros, dentro e fora da tenda e um espaço do Tagusvalley, onde são apresentados produtos inovadores em estudo de aceitação do mercado.
A inauguração aconteceu na tarde desta sexta-feira com o presidente da Câmara de Abrantes a deixar a primeira nota de que está quase em fase de lançamento a obra de requalificação do antigo mercado, ou seja, o multiusos, “decisivo para o nosso futuro coletivo.”
Sobre a feira Manuel Jorge Valamatos apresentou o certame que tem 36 expositores de doçaria, compotas, licores e mel e que representam nove distritos do país.
Deu conta do projeto do Palhinhas nas escolas, que envolveu a criação de trabalhos sobre a Nacional 2 e que contou com a participação de 1.787 crianças e umas dezenas de professores de 18 escolas do pré-escolar e do 1.º ciclo do Ensino Básico. Os trabalhos estão expostos na Feira de Doçaria.
Manuel Jorge Valamatos valorizou mais o ensino associado ao evento com participação da Escola Profissional de Desenvolvimento Rural (EPDRA) e do Agrupamento Verde Horizonte, de Mação, nas oficinas de doçaria.
E depois a novidade que é a votação no doceiro preferido, uma iniciativa do Agora Abrantes, projeto de dinamização do comércio no centro histórico de Abrantes.
O autarca deixou ainda uma nota pelo trabalho desenvolvido pela Tagus na promoção da região e de Abrantes.
Manuel Jorge Valamatos, presidente CM Abrantes
Conceição Pereira, a coordenadora da Tagus, começou por destacar o papel do Grupo de Ação Local na promoção da doçaria regional e na promoção do território. É o trabalho de organizações como a Tagus que aportam mais-valias no desenvolvimento económico de cada região.
E acrescentou a nota que 33 por cento dos doceiros, presentes na Feira, são do concelho de Abrantes. “O seu contributo é essencial para a Feira.”
Destacou ainda a presença do Pahinhas que é, cada vez mais, um símbolo neste evento.
Conceição Pereira fechou a sua intervenção com o destaque deste ano que é a presença da Nacional 2 que é, no país, um verdadeiro convite a descoberta do território e das gentes. E a doçaria acrescenta valor à Rota da Nacional 2.
Conceição Pereira, coordenadora Tagus
A vice-presidente da Turismo do Centro de Portugal, Anabela Freitas, destacou o trabalho da Tagus no desenvolvimento do turismo no Ribatejo Norte, no Médio Tejo e, claro, no Turismo do Centro
Anabela Freitas, no palco da Feira de Doçaria, disse ter identificado claramente três produtos turísticos.
Primeiro a gastronomia, na vertente doçaria, que põe os turistas a fazer quilómetros para visitar os eventos. A gastronomia é algo que nos une e “só os portugueses conseguem juntar-se à mesa a comer a falar de comida”
O segundo produto turístico da Feira é a “Nacional 2” que atravessa o país e é um produto consolidado. Permite movimentar a economia fora dos grandes centros.
E o terceiro produto turístico é o turismo literário. “Porque não ser um novo produto?”
Anabela Freitas destacou ainda a inovação de trabalhar com as escolas.
A vice-presidente concluiu a sua intervenção a dizer que o turismo só é bom “se deixar qualidade de vida a quem está nos territórios. E é isso que está aqui a acontecer.”
Anabela Freitas, vice-presidente Turismo do Centro
Depois o Chef Fernando Correia promoveu uma oficina sobre como fazer os “fardos de Palha de Abrantes”. É um doce sem glúten, com farinha de noz envolvida numa calda de citrinos que depois levas os ovos, os fios de ovo e vai a gratinar. Não é muito doce e é uma alternativa para quem é intolerante ao glúten.
25 de outubro de 2025 (sábado)
10h00 Abertura da feira
10h15 Aula aberta de “Biodanza” [Grupo Regular de Abrantes – Biodanza SRT – facilitada por Teresa Afonso]
11h00 Espetáculo musical infantil “A Carochinha”
14h30 Oficina de doçaria: “Bolinhos secos da EPDRA na N2 – Tradição que adoça o caminho” [EPDRA]
15h00»18h00 “BIA na Doçaria” [histórias doces para pequenos e graúdos]
15h00»18h00 Animação “Palhinhas – À descoberta da N2”
16h30 Oficina de doçaria: Queijada de presunto de Mação, Bolo de mel e poejo, Arabescos de mel [Agrupamento de Escolas Verde Horizonte de Mação]
18h00 Yoga no convento [Pedro Filipe – Yoga, Som & Meditação]
22h00 Espetáculo musical “Vizinhos”
23h00 Encerramento
26 de outubro de 2025 (domingo)
09h00-10h00»13h00 Passeio de cicloturismo na N2 [Branquinhos do Pedal] – 39km.
10h00 Abertura da feira
10h30 Animação infantil “Vamos Pôr a Mão na Massa? As Bolachas das Minhas Avós” [Bi-Dom Academia Criativa]
15h00 Desfile Concelhio do Traje Popular
15h00»18h00 Animação “Palhinhas – À descoberta da N2”
15h00»18h00 “BIA na Doçaria” [histórias doces para pequenos e graúdos]
17h00 Animação infantil “Vamos Pôr a Mão na Massa? As Bolachas das Minhas Avós” [Bi-Dom Academia Criativa]
17h30 Concurso “Doceiro Preferido” – entrega do reconhecimento e sorteio do vale de desconto [AGORA Abrantes]
18h00 Yoga no convento [Pedro Filipe – Yoga, Som & Meditação]
19h00 Encerramento
Galeria de Imagens
