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José Mira Potes demite-se da direção do Politécnico de Santarém

28/02/2020 às 00:00

O presidente do Politécnico de Santarém, José Mira Potes, demitiu-se hoje na sequência de divergências com os diretores das cinco escolas do instituto sobre o plano de ajustamento financeiro que propôs.

A demissão de José Mira Potes foi apresentada durante uma reunião do conselho geral do Instituto Politécnico de Santarém (IPS) e aceite por unanimidade pelo órgão.

Em declarações à agência Lusa, o presidente do Conselho Geral, Francisco Madelino, sublinhou “a dignidade” e “disponibilidade” de José Mira Potes para gerir o IPS, durante o processo de ajustamento impostos pela tutela, devido ao desequilíbrio orçamental da instituição.

A destituição do presidente da direção era defendida pelos diretores das cinco escolas superiores do IPS – Agrária, Desporto, Educação, Gestão e Saúde – que num documento conjunto manifestaram discordância pelo Plano de Ajustamento Orçamental apresentado à tutela e que previa uma redução de despesa de cerca de um milhão de euros.

Para os diretores das cinco escolas, o corte impediria a contratação de professores e a prossecução do ano letivo, pelo que, caso o plano fosse aprovado, pediriam hoje a destituição da direção.

Porém, a destituição acabou por não ser votada já que, segundo Francisco Madelino, o presidente “percebendo que havia divergências profundas foi capaz de pôr o lugar à disposição de forma a que os interesses do instituto ficassem salvaguardados”.

O Conselho Geral vai voltar a reunir no dia 04 de março para delinear o processo eleitoral e tomar medidas que permitam, “junto da tutela, garantir que o plano de ajustamento está a ser construído, o que implica necessariamente uma capacidade de todo o meio académico em convergir e ser capaz de fazer um contrato social”, afirmou Madelino.

Até à eleição de uma nova direção, a gestão do IPS será assegurada pelos vice-presidentes da instituição.

O plano de ajustamento que gerou a discórdia tinha sido entregue à tutela no dia 31 de dezembro e era uma das medidas impostas pelo Grupo de Monitorização e Controlo Orçamental das Instituições de Ensino Superior Público, que em novembro de 2019 considerou o IPS "em situação de crise institucional grave”, juntamente com os politécnicos de Castelo Branco e Tomar, somando no conjunto dificuldades financeiras no valor global de 5,9 milhões de euros.

Lusa

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