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Central Pego: Fundo Ambiental garante salários aos antigos trabalhadores do Pego - ministra

19/12/2025 às 17:10

Os antigos trabalhadores da Central Termoelétrica do Pego vão continuar a receber os vencimentos em 2026 pelo Fundo Ambiental, enquanto o leilão de 300 MW de potência renovável previsto para 2025 passa para 2026, anunciou hoje o Governo.

“Há um ponto de injeção que vai a leilão, mas ainda não há absorção total dos funcionários da antiga Central do Pego. O Fundo Ambiental vai continuar a pagar por mais um ano aos trabalhadores que ainda não encontraram outra ocupação", disse hoje à Lusa a ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho.

A medida prolonga o “Mecanismo de Compensação para uma Transição Justa”, que já vigorou até 2024 e garantiu liquidez e celeridade nos pagamentos aos antigos trabalhadores da central a carvão do Pego, encerrada em 30 de novembro de 2021, afetando cerca de 150 postos de trabalho diretos e indiretos no concelho de Abrantes, distrito de Santarém.

“Estendemos o financiamento para 2026 [e estamos] anunciar agora para que possam passar este período de festas de forma tranquila. O leilão será lançado até ao final do primeiro trimestre de 2026”, afirmou a ministra do Ambiente e da Energia à Lusa, à margem da apresentação da renovação da frota da CP, em cerimónia que hoje decorreu no Entroncamento.

O Fundo Ambiental continuará a suportar os pagamentos até ao limite de dois milhões de euros, garantindo previsibilidade de rendimentos aos trabalhadores e minimizando os impactos sociais e económicos do encerramento da central, precisa o ministério, em comunicado.

“As ambiciosas metas de descarbonização que assumimos até 2030 exigem justiça social e coesão territorial. Não podemos deixar ninguém para trás, muito menos trabalhadores ou regiões afetadas pela transição para uma economia neutra em carbono”, declarou a governante.

A Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) anunciou em julho de 2025 a abertura de um leilão para atribuição de 300 megawatts (MW) de potência de injeção na rede elétrica no nó do Pego.

Este procedimento, destinado a eletricidade proveniente exclusivamente de fontes renováveis, foi agora adiado para o primeiro trimestre de 2026.

O leilão recorre à potência excedentária do ponto de ligação da antiga central e enquadra-se nos objetivos nacionais de aumento da capacidade instalada de energias renováveis até 2030.

O projeto adjudicado em 2022 à Endesa, atualmente em implementação, utiliza 224 (MW) dos cerca de 600 MW disponíveis no local, com produção solar, eólica e hidrogénio verde, num investimento de cerca de 600 milhões de euros.

A iniciativa visa reforçar a relevância estratégica da região do Pego como zona-chave para a transição energética e o desenvolvimento económico sustentável do país, garantindo simultaneamente proteção social aos antigos trabalhadores da central.

Lusa

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