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Grutas: Mira de Aire reúne mais de meia centena de especialistas em turismo subterrâneo

22/10/2025 às 14:33
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Cerca de 60 especialistas e representantes de grutas e minas nacionais e internacionais participam a partir de sexta-feira nas I Jornadas Lusitanas de Turismo Subterrâneo, em Mira de Aire, no concelho de Porto de Mós, distrito de Leiria.

Esta primeira edição do encontro pretende contribuir para o conhecimento, valorização e preservação do património subterrâneo, avança a organização, constituída pelas Grutas de Mira de Aire, Associação de Grutas Turísticas de Espanha e International Show Caves Association (ISCA).

Durante três dias, o programa técnico e científico reúne responsáveis pela gestão e preservação de património subterrâneo de Portugal, Espanha, Estados Unidos da América, Geórgia, Bulgária, Croácia, República Checa, Alemanha e Áustria, explicou à agência Lusa Nuno Jorge, diretor técnico das Grutas de Mira de Aire.

Para Mira de Aire, onde estão as grutas mais visitadas no país - com 250 mil entradas em 2024 -, organizar as jornadas será um momento importante para “mostrarmos um bocadinho daquilo que temos e o nosso potencial aos nossos parceiros lá fora”.

Além disso, é também “a oportunidade para aprender mais alguma coisa e tirar ideias para aplicar aqui nas nossas visitas e nos nossos espaços”.

“Há campo para [o turismo subterrâneo] crescer, há muita coisa que se pode aprender e há muitas visitas que se podem desenvolver com uma vertente mais científica”, acrescentou o responsável, sobre a oferta nacional nesta área, ainda com caminho a percorrer.

Em Portugal, Nuno Jorge lembra que, além das Grutas de Mira de Aire, são visitáveis no Maciço Calcário Estremenho as Grutas da Moeda, em Fátima, as de Alvados e Santo António, em Porto de Mós, o Algar do Pena, em Alcanede, as Grutas de Alcobertas, em Rio Maior, e as Grutas das Lapas, em Torres Novas, estas escavadas por mão humana.

No Alentejo, destaca-se a Gruta do Escoural, em Montemor-o-Novo, e, acessíveis por barco, há algumas em Peniche e no Algarve, “a mais famosa das quais a de Benagil”.

“Nos Açores há várias grutas vulcânicas visitáveis e na Madeira há as Grutas de São Vicente, que têm estado encerradas ao público”, acrescentou.

Com os projetos museológicos ligados às minas, é um património considerável que se procura dinamizar, promovendo o turismo subterrâneo.

Uma tentativa de conjugação de esforços para criar, há alguns anos, uma associação nacional de turismo subterrâneo, saiu frustrada porque “não há assim tantas grutas e minas que pudessem transformar esse num projeto viável”. 

Mas agora, nestes dias em Mira de Aire vai procurar-se ganhar escala e fomentar uma associação europeia.

“Vamos tentar lançar aqui as primeiras pedras para haver uma associação europeia. Existe já a ISCA, mas, nível europeu, achamos que seria interessante ter também uma associação que pudesse dar apoio”, concluiu o organizador.

Até domingo, o programa das I Jornadas Lusitanas de Turismo Subterrâneo inclui comunicações, mesas-redondas e visitas a alguns dos mais emblemáticos espaços naturais e culturais da região.

Lusa

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