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O Centro Cultural de Vila Nova da Barquinha foi o palco da sessão de instalação dos membros eleitos da Câmara Municipal e da Assembleia Municipal, resultantes das últimas eleições autárquicas.
Na manhã de dia 1 de novembro, apesar de chuvosa, o Centro Cultural encheu-se para assistir à Tomada de Posse dos eleitos. António Ribeiro, presidente da Assembleia Municipal cessante, assinou a última ata do anterior mandato e chamou os novos eleitos do órgão municipal.
Ao usar da palavra, António Ribeiro começou por “expressar o profundo agradecimento público a todos os autarcas que agora cessam funções”. E num agradecimento especial, agradeceu a Fernando Freire, presidente da Câmara que hoje cessou funções, “por tudo o que deu de si ao nosso concelho. Em seu nome, reconheço o trabalho de todos os autarcas que agora cessam funções. O vosso contributo, dedicação e sentido de serviço público dignificaram a democracia local e fortaleceram a nossa comunidade, tão importante. Dedicaram-se de forma profissional e generosa à causa pública e, por isso mesmo, o reconhecimento e a gratidão de todos. Igualmente, dirijo uma saudação especial a todos os membros das Juntas de Freguesia e das Assembleias de Freguesia. São o primeiro elo da cadeia democrática, estão mais próximos das populações e, por isso mesmo, os eleitos que melhor traduzem no terreno a política de proximidade”.
António Ribeiro evocou as palavras “do estadista Nelson Mandela, que após 27 anos de prisão, liderou o seu país no difícil caminho da reconciliação e reconstrução democrática após o Apartheid, onde eu vivi: a verdadeira gratidão manifesta-se quando transformamos a memória do que recebemos em compromissos com o que ainda temos de construir. Lembrar é honrar, servir é agradecer”. Desejou então “que este espírito nos guie a todos, eleitos e colaboradores da Câmara Municipal da Barquinha, na construção de um concelho cada vez mais preparado para os desafios do tempo que vivemos e uma Vila Nova da Barquinha com futuro”.
O presidente da Assembleia Municipal não deixou de lembrar que “num país que se rege por valores democráticos e pelas leis da República, é essencial que todos os eleitos, de acordo com as suas estratégias, princípios e ideias, tenham sempre presente os fins dos órgãos autárquicos e o dever de respeito pelas leis e regulamentos que orientam a nossa ação pública. A democracia consolida-se com responsabilidade, transparência e coerência. Por isso, relembro todos os partidos da importância de honrarem os compromissos assumidos perante os seus cidadãos e cumprirem os programas eleitorais sufragados”.
No final, disse que “hoje não começa apenas um novo mandato, renova-se o compromisso com a nossa terra e com as nossas pessoas. Cabe-nos fazer da política local um exemplo de proximidade, de escuta e de humanidade. Que o futuro do nosso concelho seja construído com respeito, com justiça e com esperança”.
A nova Câmara Municipal
Para a Câmara Municipal, foi empossado como presidente Manuel Mourato (PS). O Executivo Municipal é ainda composto pelos vereadores Tatiana Horta (CH), Marina Honório (PS), Paula Silva (PSD) e Henrique Fortunato (CH).
No seu primeiro discurso como presidente da Câmara Municipal de Vila Nova Barquinha, Manuel Mourato revelou que “dedico este mandato aos meus filhos, em especial o meu filho Tiago, que me ensinou a ser um melhor cidadão”.
O autarca começou por “agradecer à população de Vila Nova da Barquinha a confiança que foi depositada em mim e às listas do Partido Socialista. Os resultados eleitorais do dia 12 de outubro, validaram a minha eleição como presidente da Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha e esta eleição foi o reconhecimento pelo trabalho realizado pelos últimos anos pelo PS e sobretudo pelo anterior Executivo”, não esquecendo de mencionar Fernando Freire, Paula Pontes, que integrou o anterior Executivo, bem como Manuel Honório e Miguel Homem, presidentes de Juntas de Freguesia no anterior mandato.
Manuel Mourato assumiu que “os próximos quatro anos serão de muito trabalho”, mas prometeu que “vamos continuar a dignificar Vila Nova da Barquinha, num ambiente de diálogo, de transparência, de compromisso e prossecução do bem comum. Como foi afirmado no nosso programa eleitoral, reafirmo aqui hoje, perante vós, o compromisso de cumprir o que prometemos aos barquinhenses. A partir de hoje, estou presidente de todos vós. Estar presidente é estar presente, é ouvir, é saber ouvir com humildade. E consciência de que tudo na vida é transitório. Como tal, devemos por isso dar sempre o melhor de nós no exercício do cargo que assumimos e perceber que este será sempre de forma temporária e a prazo, a termo certo, mas sempre com perseverança e responsabilidade. Para isso aqui estamos. Durante o próximo quadriénio, estarei presidente de todos vós, todos os dias, independentemente do sentido de voto de cada um, dos que votaram ou não votaram”. Afirmou que “estarei sempre disponível para ouvir as pessoas, mas também pronto a combater a mentira, sempre e onde ela surja, pois só assim estarei a defender o serviço público e a verdade para o qual fui eleito. Estarei vosso presidente para servir e não para me servir”. E disse contar “com todos para levar por diante estes desígnios, com a equipa do Executivo que me acompanhará, de modo especial com empenho, entrega, zelo e lealdade dos trabalhadores do Município, a quem muito agradeço o empenho que têm tido e que irão ter certamente, e que são o garante do bom funcionamento dos serviços do Município e do bem-estar da população”.
O novo presidente da Câmara declarou que “vivemos tempos estranhos e difíceis, em que o material e o efémero parecem sobrepor-se à moral e aos valores, em que a ética é muitas vezes esquecida, ultrapassada. Temos que garantir ser nós o garante e garantir o funcionamento das instituições democráticas. Em democracia, governar e estar na oposição, são dois lados da mesma moeda. Por isso, o respeito mútuo é fundamental. A ação governativa será sempre melhor, quanto mais responsável, verdadeira e construtiva for a atuação da oposição”.
As prioridades do presidente
Manuel Mourato deixou depois algumas das prioridades do seu Executivo e asseverou que “o trabalho começa hoje. As nossas prioridades são aquelas que foram elencadas no Programa Eleitoral, da educação à saúde, das respostas sociais à cultura, da requalificação urbana ao investimento económico no território, do desporto à modernização administrativa. Teremos uma atenção especial à política fiscal, ao apoio aos nossos Bombeiros que celebram este ano 100 anos, às IPSS, a todas elas, às coletividades do nosso concelho que muito precisam. Tudo faremos, com empenho e compromisso, para que a Barquinha continue no bom caminho. Queremos levar a cabo um trabalho de continuidade, mas com inovação e modernização. Queremos continuar a ser um exemplo do cumprimento dos prazos de licenciamento de obras, por exemplo, investir na modernização urbana, reforçar os equipamentos sociais. Daremos também prioridade ao ambiente e às alterações climáticas e aos fenómenos associados. Teremos uma atenção redobrada para com a segurança e a Proteção Civil, sem esquecer as importantes infraestruturas presentes no nosso concelho neste âmbito, desde logo onde iremos incluir uma nova base de apoio logístico junto do Sub-Comando da Proteção Civil e o acompanhamento ao Polígono Militar de Tancos, com os novos desafios que um futuro próximo trará”.
A Assembleia Municipal
Já a primeira sessão da Assembleia Municipal deste mandato, realizada logo após a sessão de instalação, decorreu nos Paços do Concelho e foi eleito presidente António Augusto Ribeiro (PS), tendo como 1.º secretário José Proença Salvado (PSD) e 2.ª secretária Maria de Fátima Martins (PS).
A mesa da Assembleia foi eleita com uma lista única e obteve 12 votos a favor, 4 votos em branco e 1 voto nulo.
A Assembleia Municipal de Vila Nova da Barquinha conta com 15 eleitos: António Ribeiro [presidente], Maria Fátima Martins, Paulo Constantino, Sónia Santos, César Cardigos, Marisa Silva e Francisco Ferreira da Silva (PS); Alfredo Coelho, Alexandre Mira, Cláudio Silva, Joana Barata e Pedro Quaresma (CH); Nuno Gomes e José Salvado (PSD), Paula Duarte (CDU).
Acrescem ainda os quatro presidentes de Junta de Freguesia, três eleitos pelo Partido Socialista e um eleito pelo JPT - Juntos Por Tancos, que integram a Assembleia Municipal, por inerência de funções.
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