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Constância: S. Silvestre Solidária quer chegar aos 1100 inscritos e superar as 6 toneladas de donativos (C/ Áudio)

7/11/2025 às 18:25

A já tradicional corrida S. Silvestre Solidária avança este ano para a 10.ª edição e já tem data marcada. Será no dia 13 de dezembro e volta a desenrolar-se, este ano parte dela, pois terá um percurso novo, na área do Campo Militar de Santa Margarida.

A S. Silvestre Solidária, um evento que alia o desporto à solidariedade e que já se tornou uma tradição na região, é organizada pela Câmara Municipal de Constância e pela Brigada Mecanizada e tem como objetivo angariar bens e fundos para três instituições, a Santa Casa da Misericórdia de Constância, a Loja Social e a Associação Quatro Cantos do Cisne, da Pereira, e ainda o Projeto Pipoca Beatriz.

Há oito provas a serem disputadas, em vários escalões e acessíveis a todas as idades e a várias formas de mobilidade. É portanto, um dia de convívio, aberto a toda a comunidade.

Para participar, basta inscrever-se e passar o dia no Campo Militar de Santa Margarida, associando-se a uma causa solidária. É que a inscrição não envolve qualquer valor monetário, depende apenas de um contributo. E para contribuir, também não é obrigatório que participe nas provas ou que tenha que se inscrever. Basta apenas e só, contribuir com bens alimentares ou de higiene.

Para 2025, o objetivo da organização é chegar às 1.100 inscrições e, se em 2024 foram recolhidas seis toneladas de bens, superar este valor seria mais um sucesso. Os donativos poderão ser entregues nas Unidades da Brigada Mecanizada, Câmara Municipal de Constância ou nas Juntas de Freguesia de Montalvo e de Santa Margarida.

Mas a prova foi explicada ao pormenor pelo comandante do Batalhão de Apoio de Serviços, tenente-coronel de Cavalaria Sérgio Miguel Capelo, também presidente da Comissão Organizadora da prova. Os diferentes horários, as oito provas por escalões, bem como os itinerários, foram dados a conhecer na conferência de imprensa de apresentação da S. Silvestre Solidária, que teve lugar no Campo Militar, no dia 6 de novembro.

 

A prova conta este ano como madrinhas a atleta olímpica Rosa Mota, a piloto todo-o-terreno Elisabete Jacinto e a judoca olímpica Patrícia Sampaio. A atleta, natural de Tomar, marcou presença na conferência de imprensa começou por dizer que “há três palavras de ordem quando eu me associo a isto. Desporto, solidariedade e familiaridade. Duas delas são autoexplicativas, familiaridade tem a ver também com o facto de eu ser daqui de perto. Como atleta de alto rendimento, não poderia deixar de me associar a um evento, a uma atividade que tem um cariz desportivo, que promove a atividade física, que é uma coisa com a qual eu batalho todos os dias”.

Para Patrícia Sampaio, esta prova “é atividade física e inclusão. Portanto, para mim é uma lufada de ar fresco e é uma felicidade ver que as várias entidades caminham todas pelo mesmo objetivo”. A judoca olímpica deixou uma expressão em japonês, das primeiras coisas que se aprendem no judo: “benefício e prosperidade mútuos”. E explicou que no judo, “apesar de ser um desporto individual, treina-se em equipa. Precisamos sempre de um parceiro, precisamos de alguém que nos ajude também nós a sermos melhores. E acho que isso me traz também uma missão de evoluir, mas tentar ajudar os outros também a evoluírem. E daí associar-me a estas causas de cariz solidário. Se de alguma forma eu puder contribuir, eu puder ajudar, é sempre isso que eu vou fazer”, disse a atleta.

 

António Paulo Teixeira, provedor da Santa Casa da Misericórdia de Constância, disse ser “um gosto estar aqui sempre convosco e para uma causa tão nobre como é esta. Portanto, as minhas palavras só podem ser de agradecimento, agradecimento em nome dos beneficiários que irão usufruir desta iniciativa, que não é só uma prova desportiva, mas sim também uma prova da generosidade. Como tal, também agradeço a todos os participantes da prova e a todas as pessoas envolvidas o gesto que reconhecemos e a amabilidade para com os mais necessitados”.

O provedor focou ainda a relevância de “o exército, uma autarquia local, duas instituições de solidariedade social e um agrupamento de escolas unirem-se em prol de uma causa, de facto, com mérito e com vontade de participar. E portanto, a eles, bem-ajam e muito obrigado por este momento”.

 

Sérgio Oliveira, presidente da Câmara Municipal de Constância, declarou que esta “não é só uma corrida desportiva” pois “tem aqui várias valências”. E como natural da aldeia de Santa Margarida da Coutada, confessou que o dia da prova traz-lhe “um sentimento de alegria para quem cresceu e foi habituado a ver um Campo Militar sempre com muita vida. E nesse dia o Campo Militar ganha uma vida ainda maior, porque efetivamente é um momento de festa em que nós vimos aqui a nossa unidade militar, o Campo Militar repleto de cor, de alegria, de vida. Portanto, acho que para além de tudo isto, é também uma festa que une as pessoas, que une as instituições, para várias causas e para vários objetivos”.

Para o autarca, “é a questão da solidariedade, de ajudarmos um conjunto de famílias e de instituições que necessitam desta ajuda”. Por outro lado, “é também promovermos o desporto, que é importante para todos nós termos saúde. E há uma batalha, como a madrinha Patrícia referiu, que todos nós temos que lutar: sensibilizar as pessoas para a necessidade de fazer desporto porque o desporto dá saúde”.

 

Foi o comandante da Brigada Mecanizada, o brigadeiro-general António Fernandes Oliveira, que encerrou a apresentação da S. Silvestre Solidária. A primeira palavra foi “para dizer que ao fim de 10 anos, esta é a décima edição, significa que a iniciativa tem pernas para andar”. Já deu para perceber que “a iniciativa é sólida, é coerente, tem pernas para andar e penso que estamos nessa fase já de grande maturação. Naturalmente, é uma iniciativa para continuar”, garantiu.

E se Patrícia Sampaio tinha três palavras, o comandante da Brigada Mecanizada que ia ser “ser mais simples, só tenho duas”.

“A primeira é a palavra de satisfação e a segunda é a palavra de agradecimento”, disse. Depois explicou que “satisfação por participar na organização desta prova e transmitir-vos que naturalmente a Brigada Mecanizada e o Exército estarão sempre disponíveis para apoiar este tipo de iniciativas e de eventos. Satisfação também por ver que é possível conciliar agendas. Andamos todos a correr contra o tempo, andamos todos muito ocupados e é possível de vez em quando pararmos. E hoje conseguimos parar aqui durante parte da manhã, o Comando da Brigada, a Presidência da Câmara, a Patrícia, a Santa Casa para, em nome de algo maior que é a solidariedade que podemos ter, parar para ajudar os outros. Satisfação também por ver que é possível a parceria entre um conjunto de instituições, aparentemente que pouco as liga, e a sociedade civil para, mais uma vez em nome de um valor maior, nos organizarmos e estabelecermos parceria. Satisfação também por ver que a atividade física ainda é uma atividade que pode agregar as instituições, agregar as pessoas, agregar valores e agregar toda esta causa social e de solidariedade que é importante e por isso a minha satisfação também. Satisfação também por ver que é possível em territórios de baixa densidade, como é esta região, organizar eventos importantes, interessantes e que não é só na Grande Lisboa, no Grande Porto, nas áreas de grande densidade populacional. Portanto, aqui os meus parabéns essencialmente à Câmara Municipal por servir de motor para este evento, porque é importante estes territórios de baixa densidade também darem este sinal”.

Passou depois “à minha segunda palavra”, os agradecimentos. “Primeiro, à organização pelo trabalho nesta parceria entre a Brigada e a Câmara Municipal com o apoio de toda a gente. À Câmara Municipal de Constância pela iniciativa e pelo apoio que tem dado. Mais uma vez, sendo um território de baixa densidade, é importante criar dinâmicas para atrair e apoiar as populações. À Santa Casa da Misericórdia por toda a sua ação solidária e social. À Patrícia Sampaio, e em nome da Patrícia Sampaio, à Rosa Mota e à Elisabete Jacinto por serem madrinhas”.

E aqui, o comandante António Fernandes de Oliveira, fez um parênteses para falar do “significado muito especial para os militares”. Disse que “as madrinhas de guerra, que toda a gente já ouviu falar, é algo que está muito ligado aos militares. E, de facto, aqui eu agradeço-vos de serem madrinhas também numa guerra, que é uma guerra contra a pobreza, contra a exclusão social, contra a falta de solidariedade, mas também, e entra a outra parte, contra o sedentarismo, contra a obesidade, contra o isolamento, por aquilo que a atividade física nos dá”.

“E, por último, e provavelmente os mais importantes, o agradecimento desde já aos participantes. Queremos mesmo chegar aos 1.100, aos doadores, a todos aqueles que vão participar também na organização desta doação. Acima de tudo, pelo gesto solidário que une a todos. Tenho a certeza de que vai ser mais um sucesso”, declarou.

Quanto à sua participação nesse dia, o comandante da Brigada Mecanizada lá assumiu que “no mínimo, irei participar”. Não arriscando muito, lembrou-se que “falaram aqui que a caminhada mais pequena é para o pessoal mais idoso. Se o presidente e a Patrícia vão participar na prova principal, eu, no mínimo, nos três quilómetros e meio, irei participar. Acho que não vou precisar de ajuda, mas deverei participar nessa”, disse, arrancando o riso aos presentes.

 

A prova, que decorrerá no dia 13 de dezembro, promete juntar atletas, famílias e entusiastas num dia de convívio, espírito de equipa e ajuda ao próximo.

Todas as informações sobre as provas e inscrições em https://www.trilhoperdido.com/evento/10-Corrida-Sao-Silvestre-Solidaria-Constancia-BrigMec

 

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