A Direção-Geral da Saúde (DGS) fez recomendações sobre o que fazer em situação de inalação de fumos dos incêndios como retirar a pessoa do local e observar se apresenta queimaduras faciais e sinais de dificuldade respiratória.
As recomendações da DGS relativas à exposição ao fumo de incêndios devem-se ao previsível aumento das temperaturas em algumas regiões do país e perigo de incêndio rural muito elevado a máximo nas regiões Norte, Centro e Algarve.
De acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), por estes dias, as temperaturas poderão ultrapassar os 40 graus em algumas regiões de Portugal.
Em situação de inalação de fumos, a DGS recomenda retirar a pessoa do local e evitar que respire o fumo ou esteja exposta ao calor.
São sinais de alarme, a presença de queimaduras faciais, dificuldade respiratória e alteração do estado de consciência.
A DGS avisa que “a inalação de fumos ou de substâncias irritantes químicas, e o calor podem provocar danos nas vias respiratórias”.
Existem dois mecanismos de lesão: lesão pelo calor (queimadura) e irritação/toxicidade pelos componentes químicos do fumo.
Neste sentido, a DGS recomenda evitar exposição ao fumo, mantendo-se dentro de casa, com janelas e portas fechadas, em ambiente fresco, ligando o ar condicionado, se possível, no modo de recirculação de ar.
Também se deve evitar a utilização de fontes de combustão dentro de casa como aparelhos a gás ou lenha, tabaco, velas, incenso, entre outros, bem como evitar atividades no exterior.
A utilização de máscara/respirador (N95) é recomendada sempre que a exposição for inevitável, bem como manter a medicação habitual “se tiver doenças associadas, como asma e doença pulmonar obstrutiva crónica e seguir as indicações do médico perante o eventual agravamento das queixas”.
“Mantenha-se informado, hidratado e fresco”, resume esta autoridade de saúde.
Aconselha ainda, em caso de necessidade ou para mais informações, ligar para o SNS24 (808 24 24 24) e em situação de emergência para o 112.
A DGS salienta ainda numa nota publicada no ‘site’ que ingerir leite em caso de intoxicação por fumo é um mito.
“Não vem descrito em artigos científicos a sua utilidade. O leite não é um antídoto do monóxido de carbono”, realça.
C/ Lusa