Uma centena e meia de militares da GNR vão estar em Fátima na quarta-feira, quando termina a peregrinação de agosto ao santuário, na operação Migrante 2025, para garantir segurança, controlo do tráfego e prevenção criminal, foi hoje divulgado.
Segundo o comandante territorial de Santarém da Guarda Nacional Republicana, coronel Duarte da Graça, a operação conta com “150 militares, com a possibilidade de serem reforçados”.
Num comunicado, a GNR explicou que, “tratando-se de um evento de grande impacto a nível nacional, que reúne milhares de peregrinos, principalmente migrantes”, vai implementar um dispositivo especial de segurança, que inclui “a interdição temporária do espaço aéreo”, prevenindo a “realização de voos não autorizados de ‘drones’”.
A operação inclui, também, a intensificação das “ações de patrulhamento nas principais vias de acesso à cidade de Fátima, para garantir a segurança e tranquilidade pública, e assegurar a segurança rodoviária e fluidez do trânsito”.
Por outro lado, para “apoiar e garantir a segurança dos peregrinos e prevenir a atividade criminal”, vai reforçar o policiamento no santuário e zonas envolventes.
Aos peregrinos, a GNR recomenda que cheguem atempadamente, para evitar filas prolongadas, e não deixem bens e documentos à vista no interior dos veículos.
Outros dos conselhos passa por não transportar a carteira/telemóvel no bolso de trás ou na mochila, mas “num bolso da frente ou numa bolsa com fecho que esteja sempre em contacto com o corpo”.
Entre outros aspetos, a GNR pede ainda que as pessoas tenham sempre o telemóvel com bateria e o contacto de todas as pessoas do grupo com que se fazem acompanhar, lembrando que, após as cerimónias religiosas, “a saída deve ser calma e gradual”.
Por outro lado, aconselha a nunca perder de vista os idosos e crianças e, dado o calor, que se beba água.
Milhares de migrantes são esperados hoje e na quarta-feira no Santuário de Fátima, para a peregrinação internacional de 12 e 13 de agosto, presidida pelo arcebispo emérito de Urgel (Espanha), Joan-Enric Vives i Sicília.
A peregrinação integra a peregrinação nacional do migrante e do refugiado, o momento de maior destaque da 53.ª Semana Nacional das Migrações, que está a decorrer esta semana.
As celebrações no Santuário de Fátima começam às 17:30, com a procissão eucarística, e, a partir das 21:30, decorre a recitação do terço, seguindo-se a procissão das velas e a celebração da palavra.
Já na quarta-feira, as cerimónias religiosas iniciam com a procissão eucarística, às 07:00, e, duas horas depois, o terço, na Capelinha.
A missa, com a bênção dos doentes e a procissão do adeus, encerra a peregrinação, também conhecida como peregrinação dos emigrantes, e na qual se cumpre uma tradição – este ano realiza-se pela 85.ª vez - iniciada por um grupo de jovens da Juventude Agrária Católica de 17 paróquias da então Diocese de Leiria, a oferta de trigo.
De acordo com informação do Santuário de Fátima, em 2024, foram oferecidos 5.605 quilogramas de trigo e 352 quilogramas de farinha, e consumiram-se no templo “22.105 hóstias médias e grandes, aproximadamente 779.000 partículas e 460 partículas para celíacos”.
Nesse ano, “foram celebradas 2.555 missas do programa oficial”, acrescentou.
Para esta peregrinação estão inscritos 50 grupos de peregrinos de 22 países.
Lusa