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Morreu Little Richard, estrela de Rock-and-Roll que influenciou várias gerações

10/05/2020 às 00:00
Little Richard (DR)

O músico Little Richard faleceu este sábado, 9 de Maio, aos 87 anos, de causa ainda não revelada, confirmou o filho Danny Penniman.

Richard Wayne Penniman, conhecido pelo nome artístico Little Richard, foi eleito pela revista Rolling Stone como o 8.º maior artista de música de todos os tempos e ficou célebre por diversos êxitos musicais como “Tutti Frutti”, “Long Tall Sally” ou “Good Golly Miss Molly”.

Little Richard nasceu em 05 de dezembro em Macon, no estado da Geórgia, nos Estados Unidos, e adotou o seu nome artístico em 1947, altura em que começou a ganhar notoriedade como músico.

Em 1951, Little Richard assinou o seu primeiro contrato com a RCA, onde gravou vários álbuns, mas a sua fama construiu-se sobretudo à volta das extravagantes atuações em palco.

Foi também de sua autoria uma das mais conhecidas expressões do Rock-and-Roll: “A-wop-bop-a-loo-lop-a-lop-bam-boom!”.

A sua influência sobre várias gerações foi considerável, tendo sido reconhecido como modelo por Buddy Holly, Jerry Lee Lewis ou Elves Presley, e os Beatles e os Rolling Stones chegaram a servir de bandas de abertura dos seus espetáculos.

Em 1995, Litte Richard confessou à revista Penthouse que era homossexual, embora há três anos, numa outra entrevista tenha dito que considerava a homossexualidade “contrária à natureza”.

“Nunca conheci um artista de R&B tão extrovertido, tão selvagem e tão barulhento”, disse Chris Morris, musicólogo, no dia da morte de Little Richard.

PERFIL LITTLE RICHARD:

Intitulou-se o "arquiteto do Rock-and-Roll” e, com os seus ritmos selvagens e um estilo extravagante, Little Richard, que faleceu hoje aos 87 anos, ajudou o mundo dos anos 50 a revolucionar a música.

A voz profunda fascinou a sua geração e várias gerações de jovens músicos, que se deixaram cativar pela personalidade inconformada e imaginação rítmica que produziram clássicos como “Tutti Frutti” ou “Good Golly Miss Molly”.

Little Richard ajudou a dar ao Rock-and-Roll um ar de escândalo, sempre que subia aos palcos com as suas camisas berrantes, que em meados do século XX eram consideradas chocantes, e um inusitado bigode, mais fino do que uma linha de lápis.

Little Richard nasceu em 05 de dezembro numa família pobre de Macon, no estado da Geórgia, nos Estados Unidos, e adotou o seu nome artístico em 1947, altura em que começou a ganhar notoriedade como músico.

Mas o apelido era enganador: na idade adulta, Little Richard atingiu mais de 1,80 metros de altura e fazia valer cada centímetro na forma como se apresentava em palco, o seu ‘habitat’ mais natural.

Em 1951, Little Richard assinou o seu primeiro contrato com a RCA, onde gravou vários álbuns, mas a sua fama construiu-se sobretudo à volta das extravagantes atuações em palco.

A sua influência sobre várias gerações foi considerável, tendo sido reconhecido como um modelo por Buddy Holly, Jerry Lee Lewis ou Elvis Presley, e os Beatles e os Rolling Stones chegaram a servir de bandas de abertura dos seus espetáculos.

Aos nove anos de idade, David Bowie assistiu a um filme em que Little Richard participou e ficou fascinado.

“Sem ele, provavelmente eu nunca me teria tornado músico”, confessou Bowie, pouco tempo antes de morrer.

Little Richard fez-se notar, no início, como cantor de música religiosa (Gospel), mas muito rapidamente transitou para outros géneros e ele próprio ajudou a inventar fórmulas musicais irreverentes.

Também eram irreverentes os seus espetáculos como ‘drag queen’, que o tornaram ainda mais apetecido para as marcas produtoras, pela sua excentricidade e valor como autor de canções.

Em 1995, Litte Richard confessou à revista Penthouse que era homossexual, embora há três anos, numa outra entrevista, tenha dito que considerava a homossexualidade “contrária à natureza”.

“Nunca conheci um artista de R&B [Rhythm & Blues] tão extrovertido, tão selvagem e tão barulhento”, disse Chris Morris, musicólogo, no dia da morte de Little Richard.

Durante um espetáculo em Baltimore, em 1956, um grupo de mulheres que assistia ao concerto despiu-se a atirou as roupas íntimas para o palco, enquanto a polícia procurar impedir os fãs de se atirarem de varandas.

Mas esses tempos de excessos terminaram quando, no auge da sua fama, em 1957, Little Richard cancelou uma viagem à Austrália para se proclamar um missionário da congregação evangélica Igreja de Deus.

Após a conversão, o músico casou-se com Ernestine Campbell, com quem adotou um filho.

Quatro anos depois, o casamento terminou de forma abrupta, com Little Richard a assumir a sua homossexualidade, tendo nessa altura sido detido por comportamento indecente com outros homens, numa casa de banho pública.

Mas nada disso prejudicou o seu prestígio, nem causou mossa nos seus interesses financeiros, alicerçados na venda de mais de 30 milhões de discos em todo o mundo.

Quando o ‘Hall of Fame’ do Rock-and-Roll foi inaugurado, em 1986, Little Richard estava entre os seus membros fundadores, ao lado de Elvis Presley, Berry, Buddy Holly, Jerry Lee Lewis, Sam Cooke e outros.

“Eu sou o arquiteto do Rock-and-Roll”, disse um dia Little Richard, o músico que abriu caminho a Elvis, deu a Mick Jagger os seus movimentos de palco e deu aulas de canto a Paul McCartney.

Lusa

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