O arquiteto abrantino António Castelbranco venceu três concursos internacionais no âmbito da União Europeia com três projetos para promover o desenvolvimento sustentável. No total, os projetos implicam um montante de cerca de 8 ME.
António Castelbranco disse à Antena Livre que os “três projetos” resultam da sua “tese de doutoramento que assenta em Abrantes e na questão do desenvolvimento sustentável, do ponto de vista urbanístico, da organização, do planeamento do território e da arquitetura (…) São projetos financiados pela Comissão Europeia e vamos implementar os mesmos dentro da faculdade de arquitetura de Lisboa, onde sou docente”, esclareceu.
Este é um trabalho “que envolve mais de 15 países, 36 universidades e uma quantia de cerca de 8,2 ME”, fez notar.
“O primeiro projeto chama-se “TEMPO” e tem um orçamento de 3,5 ME, o segundo que concorremos e ganhámos chama-se “INFINITY” (Infinito) e é um projeto de 3,2 ME, e o terceiro intitula-se “RETHINKe”, de 1,2 ME”, enumerou o responsável.
Os projetos de investigação, enquadrados dentro do Programa Erasmus Mundus e no Programa Tempos, foram lançados e financiados por Bruxelas “numa estreita coordenação com a UE”, vincou o arquiteto abrantino.
Na continuação dos projetos TEMPO, INFINITY & RETHINKe, o Reitor da Universidade Técnica de Donetsk esteve na passada semana na Faculdade de Arquitectura de Lisboa. António Castelbranco esclareceu que “é uma Universidade que tem sofrido muito com a anexação da cidade de Donetsk pela Rússia, pois a Universidade teve que sair com armas e bagagens e reinstalar-se numa zona não ocupada. Isto criou enormes dificuldades e a nossa Faculdade e a Universidade de Lisboa tem tido um trabalho importante na ajuda e na forma como retomámos o contato com esta Universidade relocalizada e que precisa tanto da nossa colaboração”.
O arquiteto abrantino explicou a visita do reitor de Donetsk numa perspetiva de “repensarmos novos projetos, novas formas de colaboração entre Portugal e a Ucrânia. São estratégias importantíssimas para a União Europeia no sentido de assegurar e ajudar à Paz dentro daqueles territórios”.
“Tivemos a sorte de ser um braço direito da estratégia da política externa da UE e estamos na linha da frente. Reestabelecer contatos e ajudar a Ucrânia é um dos objetivos da União Europeia”, afirmou António Castelbranco.