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Município Abrantes
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Abrantes: Morreu Mário Cordeiro

5/12/2016 às 00:00

Morreu Mário Cordeiro. O seu corpo foi encontrado pelos bombeiros na passada sexta-feira, dia 2 de dezembro, depois de ter sido notada a sua falta.

Mário Rui Cordeiro nasceu em Santa Margarida, em 1950, mas veio cedo para Abrantes, onde os seus pais fixaram residência. Aos 14 anos venceu um concurso literário na então Escola Industrial e Comercial de Abrantes e a partir daí a sua escrita foi-se sempre afirmando como uma voz de grande qualidade. Vigiado pela PIDE e para passar ao lado da guerra colonial, exilou-se em Paris e Bruxelas. Em Paris teve oportunidade de fazer estudos artísticos até 1974, ano em que regressou a Abrantes. Foi de imediato notada a sua técnica do pontilhismo, em que era exímio. Nunca mais deixou de escrever, desenhar e pintar.

Publicou o livro “A nau eléctrica” em 1984.

Em 2002, a sua obra foi objecto de uma retrospectiva na galeria municipal, tendo na ocasião sido publicado o opúsculo “C'est triste la vie de l'artiste: retrospectiva de Mário Cordeiro”.

Quando morreu, estava ainda patente na galeria municipal a exposição “100 anos de artes plásticas em Abrantes” onde, mais uma vez, Mário Cordeiro dava mostrar de inovar na sua técnica de expressão.

Debilitado pela doença, que lhe impunha uma relação difícil com os próximos, Mário Rui vivia sozinho e não permitia que fosse acompanhado como decerto merecia. A notícia da sua morte causou viva emoção em quantos apreciavam a qualidade da sua obra e acompanharam o seu percurso.

Alves Jana

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