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Cinquenta barcos e 40 mil visitantes esperados nas festas da padroeira de Constância

10/03/2016 às 00:00

Cerca de 50 embarcações enfeitadas e 40 mil pessoas são esperadas no fim de semana da Páscoa em Constância, nas festas do concelho e em honra da padroeira local, Nossa Senhora da Boa Viagem.

As festas decorrem entre os dias 26 e 28 de março e no último dia, feriado municipal, cerca de meia centena de embarcações provenientes da maioria dos 22 municípios ribeirinhos do Tejo são esperadas no cais de Constância, numa cerimónia que visa celebrar as tradições históricas, culturais e religiosas locais.

Nesta ocasião, e desde há 25 anos, a água não falta nos rios Tejo e Zêzere devido a um acordo entre esta autarquia do Médio Tejo, no distrito de Santarém, e a EDP Produção.

A empresa liberta, durante as 12 horas antecedentes e a partir das barragens do Fratel e Castelo do Bode, 250 mil litros e 150 mil litros de água por segundo, respetivamente, explicou hoje Matias Coelho, assessor cultural do município, durante a apresentação do evento.

"Só este acordo permite que desde 1991, à exceção de um ano, os rios Tejo e Zêzere aumentem o seu caudal e viabilizem a subida das embarcações engalanadas, desde o cais de Tancos, em Vila Nova da Barquinha, até ao cais de Constância", destacou, tendo referido ainda que "o nível das águas do Tejo sobe, pelo menos, um metro, devido à água libertada pela Barragem de Castelo do Bode.

Em declarações à Lusa, a presidente da câmara, Júlia Amorim (CDU), disse, por sua vez, que "em termos culturais e religiosos as Festas da Boa Viagem são o momento maior em Constância".

Foram investidos cerca de 100 mil euros para a dinamização dos três dias de festas.

"As despesas poderão ainda aumentar, pois os cidadãos propuseram-se este ano a enfeitar um maior número de ruas", referiu a autarca, notando que a ocasião "é propícia, por um lado, à promoção do concelho e, por outro, para celebrar em comunhão um momento que no espaço e no tempo marca a tradição cultural, histórica e religiosa de um povo que viveu e cresceu onde os rios Tejo e Zêzere se abraçam".

No pavilhão principal da Câmara de Constância, a exposição em destaque incide este ano sobre a Área de Reabilitação Urbana (ARU) do Centro Histórico, uma medida que tem como principal objetivo "incentivar os proprietários de imóveis degradados dessa zona sensível da vila a reabilitá-los, aproveitando os apoios e condições excecionais atualmente existentes para áreas de reabilitação urbana".

Matias Coelho lembrou à Lusa que, na Páscoa, "numa tradição que conta com mais de 250 anos, os trabalhadores e os familiares reuniam-se em Constância numa festa junto aos rios para pedir a proteção da Senhora da Boa Viagem".

Durante muitos anos, contou, "viveu-se do comércio das mercadorias, sendo o cais de Constância um importante entreposto comercial pela confluência do Zêzere com o Tejo, num tempo em que os rios eram estradas e se fazia o transporte de múltiplos bens até ao mar da palha", em Lisboa.

"Hoje, não restarão mais do que três coisas desses tempos - a vila, os rios e a festa da Boa Viagem. E é precisamente na procissão e na bênção dos barcos em água, que reside no ponto alto das celebrações", observou Matias Coelho.

De 26 a 28 de março, as ruas da vila estarão floridas com milhares de flores de papel e haverá concertos com Jorge Palma, Ana Laíns, grupos de folclore, reggae e hip-hop, bailes populares, filarmónicas, grupos de cantares populares, concertos de carrilhão e um espetáculo pirotécnico de encerramento.

O XXVIII Grande Prémio da Páscoa em atletismo, uma aula de zumba, um espaço criança, a 27.ª Mostra Nacional de Artesanato, a 10.ª Mostra de Doces Sabores e espaços gastronómicos fazem também parte do programa.

 

Lusa

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