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Incêndios: Fogo de Vila de Rei entra no concelho de Mação (em atualização)

20/07/2019 às 00:00

Uma frente do fogo que atinge o concelho de Vila de Rei entrou "com bastante violência" no concelho de Mação cerca das 20:00 deste sábado.

O responsável da proteção civil de Mação, António Louro, adiantou que se trata de uma frente de fogo com oito quilómetros, que entrou no concelho de Mação, na zona de Azinhal, Cardigos e Vinha Velha.

As chamas avançam "com muita violência", registando-se "muito vento" no local, acrescentou.

De acordo com o mesmo responsável, as próximas horas vão ser "muito difíceis", adiantando que as operações estão centradas na proteção às populações.

Vasco Estrela, presidente da Câmara de Mação, admitiu à comunicação social, pelas 22h, que a situação neste momento é "extremamente difícil" e que "temos frentes de fogo a lavrar sem qualquer combate".

Atrás desta frente de fogo há mais dois incêndios ativos no distrito de Castelo Branco que se dirigem também para Mação, segundo a mesma fonte.

Quatro bombeiros ficaram feridos, um deles em estado grave, no combate aos incêndios que estão hoje a lavrar no distrito de Castelo Branco, avançou a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).

Vice-presidente de Vila de Rei diz que fogo está impossível de parar

O vice-presidente da Câmara Municipal de Vila de Rei, Paulo César, disse que o incêndio que lavra no concelho estava impossível de parar ao final da tarde de hoje, tendo-se "desmultiplicado em várias frentes".

"Parar o incêndio é de todo impossível nesta fase", disse o vice-presidente Paulo César, cerca de cinco horas depois de as chamas terem eclodido na freguesia de Fundada, no norte do concelho, perto da fronteira com o município da Sertã.

Paulo César explicou que o incêndio em Vila de Rei começou a poucos quilómetros de um outro (que se iniciou sensivelmente à mesma hora no concelho vizinho da Sertã) e começou por se dividir em duas frentes: uma em direção àquele município, levando ao corte da Estrada Nacional 2 e outra "que se desmultiplicou em várias frentes" em direção à freguesia da sede do concelho.

Segundo o autarca, as três freguesias que compõem o município de Vila de Rei, onde está o Centro Geodésico de Portugal Continental, já foram atingidas pelas chamas.

"O incêndio já percorreu toda a freguesia da Fundada e chegou à de Vila de Rei, que é grande, mas também a São João do Peso", explicou.

Apesar de as chamas terem "passado" por várias aldeias, colocando-as "em perigo", Paulo César afirmou não ter notícia de feridos ou danos materiais.

"O fogo já percorreu várias aldeias, houve projeções para o interior das aldeias, mas os bombeiros têm conseguido proteger as habitações. A nossa preocupação é salvaguardar os núcleos urbanos", assinalou.

Ainda segundo o vice-presidente, o vento "que está muito forte" tem sido "o maior adversário" dos operacionais no terreno, estando as chamas a evoluir em povoamento florestal de pinheiro e eucalipto.

Às 22h, o incêndio de Vila de Rei atingia também o local de Vale da Urra.

Os dois incêndios de Vila de Rei e Sertã envolvem mais de 700 operacionais apoiados por 186 viaturas.

 

As Forças Armadas vão enviar quatro máquinas de rasto e 20 militares para apoiar a Proteção Civil no combate aos incêndios que lavram no distrito de Castelo Branco desde a tarde de hoje.

 

“Na sequência do grande incêndio que assola neste momento o distrito de Castelo Branco, as Forças Armadas vão empenhar quatro máquinas de rasto, três do Exército e uma da Força Aérea, para apoiarem na abertura de caminhos que facilitem o acesso dos operacionais que combatem o fogo”, refere o Estado-Maior General das Forças Armadas (EMGFA), em comunicado divulgado na sua página da internet.

 

Devido ao cair da noite, os 14 meios aéreos envolvidos no combate aos incêndios tiveram de parar de operar. 

(COM LUSA)

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