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A CDU apresentou este fim de semana as cabeças de lista à Câmara e Assembleia Municipal de Mação num almoço realizado em Ortiga.
Maria do Rosário Nicolau, nasceu em Vila de Rei, mas a sua vida assentou em Mação, durante vários anos como Técnica Administrava no Centro de Saúde daquele concelho.
Após o 25 de Abril de 1974 integrou o grupo dinamizador das assinaturas necessárias para abrir o curso noturno em Mação, exclusivamente orientado para trabalhadores estudantes.
Na apresentação, o PCP revela que está atualmente aposentada e é uma amante da natureza. Frequenta a Universidade Sénior de Mação tendo sido sócia fundadora da Associação Juventude Seniores de Mação.
Para a Assembleia Municipal o PCP avança com Rita Coutinho. Tem 48 anos e é Técnica de apoio aos utilizadores das Tecnologias de informação. Reside na aldeia de Ribeira Boas Eiras, União de freguesias de Mação, Penhascoso e Aboboreira, concelho de Mação. Desde jovem está ligada ao movimento associativo e é dirigente da “Associação Melhoramentos Monte Penedo, Ribeira Boas Eiras e Espinheiro”.
Maria do Rosário Nicolau e Rita Coutinho
Na sessão de apresentação Maria do Rosário Nicolau disse ter aceitado o desafio de ser candidatar “por saber as carências da nossa região.”
E depois apontou a dois dos problemas genéricos do interior do país e de Mação: “Sei o que custa não haver médico de família ou o custo de uma renda de casa.”
Depois aportou também ao conhecimento profundo dos problemas dos proprietários agrícolas e florestais desta região. E um dos pontos que mais vincou foi o do abastecimento de água. “Temos muitas fontes [captações] de água que correm abertamente e temos uma empresa particular a gerir o abastecimento. Propunha que o abastecimento de água ao concelho que voltasse a ser gerido pelas câmaras.”
Maria do Rosário Nicolau, candidata CM Mação
Na sessão esteve presente Vítor Cavaco, dirigente do partido ecologista “Os Verdes” que veio dizer que CDU é a única força política que defende a constituição portuguesa. E depois apontou problemas do concelho, como a perda de população ou um rio Tejo que continua sem água e a ser um problema para as pessoas. “Temos de saber quando temos caudais” sublinhou o dirigente dos ecologistas, ao mesmo tempo que insistiu na ideia de necessidade de resistência para a valorização do país.
Vítor Cavavo, PEV
Já Inês Santos, a candidata a deputada pelo PCP nas últimas legislativas, destacou a necessidade de “afirmação da luta para o projeto e valor que nos movem.”
As referências aos resultados das últimas legislativas foram uma constante com a dirigente comunista a referir que há “um preocupante avanço das forças de direita por isso, uma ameaça de força mais ofensiva para os trabalhadores e direitos do povo.” E com estes resultados anunciou que há “novos desafios e responsabilidades para as forças progressistas do país”, com a análise dos resultados da CDU que são “uma expressão de resistência e confiança.” Inês Santos disse que a CDU foi a força que levantou os verdadeiros problemas da região.
Inês Santos, PCP
A candidata a deputada disse depois que os problemas que existem no distrito e no concelho de Mação não desaparecera. E questionou: “O que mudou para os trabalhadores da floresta, da administração pública (...) ou o que mudou para os utentes do Serviço Nacional de Saúde nos tempos de espera ou na falta de médicos de família.”
E na lista continuou a questionar a ausência de mudanças para habitação destinada aos jovens ou transportes públicos que não existem. E indicou que os pensionistas continuam com reformas de miséria. Exemplos para apelar à necessidade de luta.
“É necessário e possível abrir um novo ciclo de resistência combate e propostas com mais ligação ao povo, com reforço de luta nos locais de trabalho, a defender o SNS, a escola pública e os serviços públicos.”
Inês Santos, PCP
Para além de Maria do Rosário Nicolau, pela CDU, já são conhecidas as candidaturas de José Fernando Martins, pelo PS, José António Almeida, pelo PSD, e Carlos Pedro que se apresentou como candidato por uma lista de independentes através da rede social Facebook.
As eleições autárquicas deverão ser marcadas pelo presidente da República para o final de setembro ou início de outubro.
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