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Monitorização da água do Tejo não tem acusado radioatividade

4/04/2016 às 00:00
Tejo

A responsável da Administração da Região Hidrográfica do Tejo (ARH Tejo) Gabriela Moniz disse hoje que a rede de monitorização às águas do Tejo “não tem acusado rigorosamente nada” em relação a radioatividade.

“Em relação a Almaraz [central nuclear, em Espanha], a rede de monitorização, quer da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), quer do Instituto Superior Técnico, que tem um laboratório dedicado, não tem acusado rigorosamente nada”, afirmou.

Em declarações à agência Lusa, à margem da visita da comissão parlamentar de Ambiente a Vila Velha de Ródão, no distrito de Castelo Branco, a responsável da ARH Tejo explicou que, diariamente, existe um reporte de dados de laboratório e da rede de monitorização da APA em relação à radioatividade no rio Tejo.

“Estamos a falar de situações normais, não estamos a falar do risco potencial que está lá [Almaraz]”, disse.

Já em relação à poluição no rio Tejo e concretamente à zona de Vila Velha de Ródão, adiantou que a Celtejo, fábrica de pasta de papel da Altri, apresentou um plano de desempenho ambiental para 2015/2020.

“Tinha [o plano] uma dilação no tempo para implementar a otimização do funcionamento de uma estação de tratamento de águas residuais (ETAR), que achamos muito dilatado e pedimos para encurtar”, sustentou.

Gabriela Moniz e Mariana Peres, técnica da ARH Tejo, sublinharam que a empresa está já a trabalhar no sentido de apresentar o projeto para a reformulação da ETAR existente ou, eventualmente, para a construção de uma nova.

“Estas medidas estão já em desenvolvimento”, disseram.

Segundo Mariana Peres, a ETAR tem que estar em funcionamento entre o segundo semestre de 2017 e o primeiro de 2018 de modo a garantir que no final de 2018 as reduções que estão previstas na licença de descarga sejam garantidas.

“O que a licença de descarga prevê é que a partir de dezembro de 2018 as reduções dos poluentes que serão rejeitados no meio hídrico serão na ordem de 50% de redução no caso da carência química de oxigénio (CQO) e de 70%, quer para os sólidos suspensos totais, quer para o azoto total”, explicou a técnica da ARH Tejo.

Até lá, e porque está em vias de ser emitida uma nova licença, Gabriela Moniz disse que vão alterar as condições da licença e “apertar mais a malha no grau de exigência”.

Esta responsável explicou que, neste sentido, o primeiro plano de desempenho ambiental apresentado pela empresa no final de 2015 não foi aceite.

Lusa

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