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O Bloco de Esquerda (BE) de Abrantes apresentou na passada terça-feira, dia 25, na praça Barão da Batalha, os candidatos à Câmara Municipal e Assembleia Municipal, bem como a cinco freguesias do concelho de Abrantes. A apresentação contou com a participação da líder nacional do Partido, Catarina Martins.
À Câmara Municipal, como a Antena Livre já tinha avançado, é candidato Armindo Silveira, 52 anos, é comercial e frequenta a licenciatura em Ciência Politica e Administrativa na Universidade Aberta. É membro da Assembleia Municipal de Abrantes, desde 2013, pelo Bloco de Esquerda, porta-voz da Comissão Coordenadora Concelhia e membro da Coordenadora Distrital de Santarém deste partido, onde acumula a responsabilidade de coordenador do Grupo do Ambiente.
Armindo Silveira considera que esta candidatura pode ser “a extensão do trabalho que fiz na Assembleia Municipal e do trabalho que fiz e que continuo a fazer a nível do ambiente”.
O candidato referiu que a sua intervenção de 15 em 15 dias na Assembleia e que poderá passar para a reunião de Câmara “pode fazer a diferença, pode trazer assuntos mais pertinentes, mais batidos e mais conhecidos e que os quer trazer para o debate público”.
“De certeza absoluta que não farei um trabalho como fiz na Assembleia Municipal se não tiver a ajuda da equipa”, reforçou o candidato, explicando que se for eleito tem noção que as “coisas vão ser exigentes, mas estou preparado para desempenhar essa função”.
Um dos objetivos do BE é ter mais eleitos na Câmara Municipal. No entanto, Armindo Silveira afirma que o BE nunca conseguiu “eleger um vereador, nunca o fez" mas que o objetivo "será duplicar a votação”. O candidato do BE disse estar “plenamente conscientes da situação, mas também notamos que existe recetividade à nossa candidatura”.
O candidato referiu que também é objetivo do Partido “traduzir a recetividade em votos no dia das eleições”. Avançou ainda que irão fazer uma campanha em que “querem ir buscar votos a todos os partidos”.
“Vamos trabalhar nesse sentido sem desvirtuar aquilo que é o BE, como é óbvio, mas acreditamos em todas as pessoas, independentemente da sua proveniência politica, porque acreditamos que existem pontos comuns que nos ligam”, aludiu.
Armindo Silveira, apontou quatro breves abordagens sobre o trabalho presente e futuro do BE: o ambiente, a saúde, a responsabilidade e vida digna para todas as pessoas, “especialmente as com mobilidade condicionada”, frisou.
O candidato referiu algumas das intervenções que pretende efetuar no concelho de Abrantes, como a reforma da floresta, a reabilitação urbana, abandonar a demolição do antigo mercado diário de Abrantes e reabilitar todo o projeto para a zona. Relativamente à Educação, o BE defende a autonomia das escolas e pretende a suspensão do processo de intervenção no antigo colégio de Fátima.
No campo da saúde, o BE defende a “remodelação das urgências no hospital de Abrantes e que esta unidade seja dotada de novas valências para rentabilizar os espaços existentes”. O candidato relembrou “o caos nas urgências do hospital de Abrantes” para que o Centro Hospital do Medio Tejo possa ter condições”. Armindo Silveira referiu ainda a necessidade que os “médicos de família do Sistema Nacional de Saúde regressem às aldeias”.
“Resolver os problemas detetados no açude insuflável, pressionar para que sejam resolvidas as ilegalidades no aterro sanitário, completar a rede de saneamento básico, pressionar para que os poluidores no rio sejam responsabilizados e que a central nuclear de Almaraz seja encerrada, ouvir as minorias e eliminar a tensão existente”, foram alguns dos objetivos apontados para a candidatura referidos pelo cabeça de lista.
“Friso que o BE não corre para fazer número, mas para alterar a forma de fazer politica em Abrantes e em Portugal”, explica.
A coordenadora nacional do Bloco, Catarina Martins, defendeu a necessidade de uma mudança no poder autárquico de modo a ganhar “maior credibilidade”.
“Menos medo, mais exigência, faz uma democracia mais forte”, afirmou, acrescentando que “precisamos de novas soluções para os velhos problemas de sempre e para os novos desafios (…) económicos e ambientais.”
A líder do Bloco aproveitou a oportunidade para referir os três principais objetivos do Bloco de Esquerda: mudar o poder autárquico, alterar o ordenamento do território, acabar com a centralidade e criar soluções de mobilidade, “para que as pessoas tenham acesso aos serviços públicos”, referindo que é necessário “combater o abandono que é o grande desafio do futuro”.
Na cerimónia de apresentação dos Bloquistas, foram anunciados os candidatos a cinco freguesias do Concelho. À União de Freguesias de Alvega e Concavada, Manuel Moreira Gil é o candidato. Em Rio de Moinhos, a cabeça de lista é Maria Isabel Flor. À União de Freguesias de São Facundo e Vale das Mós é Joana Martins Pascoal e na União de Freguesias de S. Miguel de Rio Torto e Rossio ao Sul do Tejo, o candidato é Paulo Delfino da Cruz.
A União de Freguesias de Abrantes e Alferrarede conta com Miguel Moreira e o candidato à Assembleia Municipal de Abrantes é Pedro Grave, autarca que integra atualmente a Assembleia da União de Freguesias de Abrantes e Alferrarede.
O mandatário da candidatura é José Silva.
"Sabemos que só podemos mudar algo se nos derem poder para isso, portanto, retirar maiorias seria já um bom caminho, porque este projeto não se esgota no dia das eleições”, esclareceu o candidato realçando que “é um projeto para mais quatro anos”, finaliza Armindo Silveira.
Fátima Saraiva_Estagiária ESTA
