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Abrantes: Deputados e candidatos do PSD visitaram as zonas ardidas

25/08/2017 às 00:00

A Candidatura Autárquica do PSD de Abrantes promoveu esta quinta-feira, durante todo o dia, juntamente com os deputados do PSD, Nuno Serra e Duarte Marques, uma visita às freguesias afetadas pelos incêndios que lavraram no concelho neste mês de agosto.

Os candidatos e os deputados social-democratas passaram pelas localidades de Amoreira, Rio de Moinhos, Pucariça, Cabeça Gorda, Carreia do Mato, Aldeia do Mato, entre outras, para se inteirarem dos prejuízos que as chamas deixaram e para perceberem como decorreu o combate aos fogos.

Rui Mesquita, candidato à Câmara Municipal pelo PSD, começou por referir que a visita iniciou na aldeia de Amoreira, freguesia de Rio de Moinhos, onde segundo o responsável foi possível ouvir alguns fregueses: “Na Amoreira, foi-nos dito que apesar do bom trabalho dos bombeiros, sentiram um completo abandono pelas autoridades locais que nem sequer visitaram a população, nem se inteiraram das suas necessidades, não fizeram nenhum esforço para estar perto das pessoas”.

Segundo o candidato, “neste momento, a Amoreira tem uma boca-de-incêndio para reabastecimento, os bombeiros tiveram de recorrer a uma boca-de-incêndio que existe na Tupperware, em Montalvo”. Ainda sobre a localidade de Amoreira, Rui Mesquita disse que lhe chegou a informação que durante o incêndio, “o poço de abastecimento estaria a meio enchimento e portanto manifestamente insuficiente para o carregamento dos bombeiros”.

“Há bocas-de-incêndio. O problema não são as bocas-de-incêndio, o problema é quantas bocas de incêndios estão operacionais, ninguém sabe”, vincou.

De seguida, o candidato do PSD referiu-se a Aldeia do Mato onde diz existir “uma boca-de-incêndio junto à igreja que está cravada no chão, e que para ser posta a funcionar é preciso ir lá com um alicate. O senhor presidente da Junta disse-nos que fez obras atrás da Junta de Freguesia e que propôs aos Serviços Municipalizados de Abrantes e ao seu presidente a colocação de uma boca-de-incêndio mais moderna e operacional. Foi há alguns meses e ainda não obteve resposta”.

“Todos estes problemas afetaram gravemente toda a mecanização e combate aos incêndios que ocorreram nestes últimos dias no concelho”, salientou o responsável.  

No final das suas declarações aos jornalistas, Rui Mesquita deixou um apelo à Câmara Municipal: “Gostaríamos de deixar um apelo que vem da boca de vários cidadãos que encontrámos hoje ao longo do dia e que nos pediram para transmitir esse apelo - uma vez que a senhora presidente da Câmara parece estar mais interessada e em desculpabilizar as ações do Governo e muito menos vocacionada para as necessidades das populações – nós pedíamos à senhora presidente da câmara que fizesse um apelo e pressão veemente sobre a PT, porque quinze dias depois dos incêndios sensivelmente, zonas como Amoreira, Aldeia do Mato e esta zona envolvente não têm internet, telefone e meios de comunicação”.

“Haveria de haver uma pressão por parte da edilidade para que a PT fizesse de uma forma mais célere a reposição de todos esses meios porque são meios que os cidadãos estão a pagar”, finalizou.

Álvaro Paulino, presidente da União de Freguesias de Aldeia do mato, acompanhou a visita e falou à Antena Livre sobre os agregados familiares que viram as suas habitações arder: “A família da casa que ardeu por completo foi realojada logo nessa noite na casa paroquial e é lá que ainda se encontram. Presumo que lá vão continuar até que a casa esteja reconstruída. A Junta de Freguesia tem apoiado no que pode e também sabemos que têm chegado alguns bens de primeira necessidade”.

“Foi-me dito pela Câmara Municipal que a Câmara está a resolver o problema, que inclusivamente já há um orçamento para as obras e era só definir qual será a entidade que avançará com o valor. A outra casa que ardeu parcialmente só vivia lá uma pessoa que foi realojada em casa de uma vizinha. A casa ficou parcialmente destruída também julgo que há intenção por parte da Câmara de proceder às obras de reconstrução desta casa”, explicou o autarca à Antena Livre.

Aldeia do Mato

Por sua vez, Duarte Marques, deputado eleito pelo PSD, recordou aos jornalistas os incêndios do ano passado e o que centrou as discussões políticas da altura: “Recordo que o ano passado, tivemos uma discussão neste distrito, porque o Governo esqueceu o concelho de Abrantes e Sardoal nos apoios às áreas ardidas, na reposição ao capital produtivo. Estamos aqui para assinalar que desta vez isto não pode acontecer”.

“Este distrito é dos mais afetados pelos incêndios. É dos distritos que mais sofreu com aquilo que foi a tragédia que assolou os concelhos desta zona como Ferreira do Zêzere, Tomar, Abrantes, Sardoal e Mação, onde ardeu 80% do concelho (…) Ardeu em Pedrogão um terço do que por exemplo ardeu no concelho de Mação”, fez notar o deputado.

Duarte Marques vincou que o distrito de Santarém “precisa de um projeto piloto que seja aplicado para se fazer o reordenamento do território e a reflorestação. Foi uma proposta do PSD que fizemos ao Governo de recorrer ao plano Junker. Nós compreendemos que Pedrogão precisa de ser ajudado e aquela gente precisa de ajuda, mas o que queremos é que o distrito de Santarém, e em particular o Médio Tejo, possa acorrer ao mesmo plano Junker”.

 “O Médio Tejo não pode perceber que o Governo faça um plano piloto de reflorestação na zona de Leiria e Coimbra e não o faça nesta região. Os concelhos de Mação, Sardoal e Abrantes precisam de um plano destes. Por um lado, para repovoar ordenadamente do que ardeu e para impedir para que o resto que ainda não ardeu, especialmente no concelho de Abrantes, possa vir a arder”, finalizou o deputado.

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