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ALTERNATIVACom: ALTERNATIVAcom quer “uma cultura de cultura em Abrantes”

26/04/2021 às 13:06

O movimento ALTERNATIVAcom, liderado por Vasco Damas, afirma que tem da Cultura uma visão abrangente, pragmática e estruturante. E naquilo que é o seu pensamento “para que a Cultura seja fator de coesão, por todos valorizada e assumida em plenitude, torna-se imprescindível fomentar uma 'cultura de Cultura', isto é, uma perceção geral da sua importância e necessidade”.

Naquilo que o movimento aponta ao desenvolvimento, a Cultura constitui, segundo o comunicado do ALTERNATIVAcom, um fator estratégico de regeneração, competitividade e projeção externa, gerador de emprego, riqueza e felicidade. E adianta que “a sua capacidade para reinventar os territórios e os modos de vida é assinalável, assim como é determinante o seu potencial de atração de visitantes e fixação de novos residentes, compensando em acrescido valor ou capital humano a quebra demográfica que se verifica”.

O movimento ALTERNATIVAcom aponta seis linhas de pensamento sobre a cultura como a mobilização dos “recursos culturais existentes no concelho, humanos e materiais, pondo-os ao serviço efetivo da comunidade”.

Depois defende a valorização do diversificado património cultural “tanto o tangível (natural e edificado) como o intangível (memória e identidade), nas suas diferentes escalas física e simbólica”.

Por outro lado, defende o incentivo para o “envolvimento de todas as entidades públicas, privadas e do setor social – município e freguesias, organizações e agentes culturais, escolas e instrutores, associações e coletividades, empresas e empreendedores – em projetos culturais que contribuam para a formação dos cidadãos e a promoção externa do concelho”.

Quer ainda que possam ser criadas “oportunidades de intercâmbio (interno e externo), criação e empreendedorismo artístico-cultural, incentivando projetos colaborativos de cocriação e coprodução – deverão emergir ecossistemas empreendedores e instalar-se indústrias culturais, criativas, tecnológicas e recreativas, designadamente nas ARU dos centros históricos e nas zonas industriais, integrando espaços de oficina e exposição, comércio e serviços, convívio e entretenimento”.

O comunicado o movimento independente revela ainda que devem ser recuperados “bons projetos e propostas culturais que foram realizados ou pensados para Abrantes e que, por motivos alheios ao seu mérito intrínseco, designadamente de preconceito, incompetência ou iniquidade políticas, foram descontinuados, desvirtuados ou esquecidos em vãs promessas eleitorais – as boas iniciativas devem ser consolidadas e os seus promotores valorizados, beneficiando dos ganhos que a estabilidade e o estímulo proporcionam”.

No último ponto deste comunicado o movimento pretende “assegurar uma gestão sustentável da rede museológica do município, cuja ampliação, sem que se saiba da existência de um estudo prévio de viabilidade económica, é motivo das maiores preocupações – tudo faremos para que haja uma gestão parcimoniosa e se alcance um nível de visitação que justifique os elevados investimentos e compromissos financeiros assumidos”.

O movimento ALTERNATIVAcom critica ainda a forma como a autarquia tem olhado para a cultura. Diz lamentar “profundamente o abandono a que a governação autárquica socialista tem votado a Cultura em Abrantes, claramente refletido no último programa eleitoral do PS e no mandato de má memória que, em breve, chegará ao fim”.

E nesta linha aponta ainda ao facto de “das três únicas medidas culturais propostas, está por conhecer o “alargamento da rede de equipamentos culturais”, ignora-se a “criação da Oficina da Cultura” e a promessa de “requalificação do Cineteatro São Pedro” é o que se sabe: está encerrado há mais de três anos, sem digno sucedâneo nem prazo de abertura à vista”.

E depois aponta ainda que “a crise gerada pela pandemia por COVID-19 veio agravar a realidade cultural de Abrantes, fustigando severamente artistas, técnicos, artesãos, empresários e outros agentes do setor. A resposta do município de Abrantes foi pífia, ficando muito aquém daquilo que seria possível e necessário”.

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