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O BE denunciou a existência de um "atentado ambiental" no centro de Abrantes, tendo criticado a "ausência de consciência ambiental dos executivos liderados pelo PS", partido que gere aquele município e que já refutou a acusação.
Em comunicado, o porta-voz do BE de Abrantes, Armindo Silveira, denunciou hoje a existência de um "atentado ambiental" em Vale da Fontinha, onde, refere, "existe um esgoto a céu aberto que vai desaguar a cerca de 200 metros da parede do açude insuflável de Abrantes, em pleno Parque Urbano Ribeirinho, mais conhecido por Aquapolis".
Armindo Silveira, candidato do BE à Câmara de Abrantes, no distrito de Santarém, disse que "já por diversas vezes se tinha deslocado ao local e sentido o cheiro nauseabundo mas que", todavia, "a densa vegetação não permitia chegar à linha de água" tendo referido alertas mos últimos tempos de diversos cidadãos sobre "um cheiro que continuava intenso".
A situação, hoje apresentada aos jornalistas, "foi detetada no passado dia 1 de setembro", refere a mesma nota, "quando elementos do Bloco e moradores se deslocaram ao local e, ao afastar a vegetação, depararam-se com uma linha de água, que deveria estar seca nesta altura, alimentada por águas negras vindas do centro da cidade e por um tubo de plástico, de considerável diâmetro, oriundo de um coletor situado abaixo dos prédios da Tapada da Fontinha".
Armindo Silveira descreveu ter encontrado "restos de papel higiénico e dejetos" que "acumulam-se em várias zonas" e onde "o cheiro nauseabundo domina", sendo "a custo que se evita o vómito em tal cenário", tendo referido que esta situação arrasta-se há cerca de oito anos.
"Em setembro de 2009, e depois de o BE ter levantado a questão, o então presidente da Câmara de Abrantes, Nelson de Carvalho, disse à Lusa que "a situação estava identificada e em fase de projeto para ser resolvida", o que, segundo aquele partido politico, não se verificou devido à "ausência de consciência ambiental dos executivos liderados pelo Partido Socialista".
Contactado pela Lusa, o vereador do Ambiente da Câmara de Abrantes, o socialista Manuel Valamatos, disse que "não existe nenhum atentado ambiental, apenas uma situação acidental, circunstancial e pontual", tendo acrescentado que na quarta-feira será alvo de vistoria.
Segundo aquele responsável, "houve obstrução do coletor com pedras, o que o fez colapsar e originou que escorresse para a linha de água", situação que, vincou, "nada tem a ver com os problemas que existiram em 2009, que foram resolvidos".
Lusa
