A Unidade Local de Saúde do Médio Tejo (ULS Médio Tejo) recebeu da Ordem dos Médicos a idoneidade formativa para a especialidade recém-criada de Medicina de Emergência, passando assim a integrar o conjunto de instituições do Serviço Nacional de Saúde (SNS) habilitadas para formar médicos internos nesta área. A atribuição de idoneidade formativa à ULS Médio Tejo permite, numa primeira fase, formar dois médicos internos no 1.º ano da especialidade de Medicina de Emergência.
A idoneidade formativa é um processo conduzido pela Ordem dos Médicos que certifica que um serviço dispõe das condições técnicas, humanas, organizacionais e pedagógicas necessárias para formar especialistas. Este processo inclui uma avaliação rigorosa das equipas, dos recursos disponíveis, da organização dos serviços, dos volumes assistenciais e da capacidade de supervisão clínica.
Ao obter idoneidade formativa para a nova especialidade médica, a ULS Médio Tejo afirma-se como instituição capaz de acolher, formar e acompanhar médicos internos, contribuindo para a renovação geracional e para a qualificação dos serviços de urgência e emergência da região.
A criação da Medicina de Emergência como especialidade médica autónoma, formalizada em Portugal em 2024, veio responder à necessidade de preparar médicos com competências específicas para lidar com situações de doença aguda e crítica.
Estes profissionais são especializados na avaliação rápida, estabilização e tratamento de doentes em contexto de urgência, desde o atendimento pré-hospitalar até às unidades hospitalares, garantindo respostas eficientes em cenários complexos e muitas vezes imprevisíveis.
Com a introdução desta nova especialidade, o SNS passa a dispor de formação estruturada e alinhada com boas práticas internacionais numa área que exige elevada prontidão, coordenação e capacidade de decisão, a par de uma diferenciação clínica mais ampla.
Para Nuno Catorze, Diretor do Departamento da Urgência e Serviço de Medicina Intensiva da ULS Médio Tejo, esta conquista “representa o culminar de anos de trabalho e de dedicação das equipas que diariamente asseguram a resposta a situações críticas. A Medicina de Emergência é uma área exigente, que agora passa a ter enquadramento formativo próprio. Receber idoneidade significa que somos reconhecidos pela nossa capacidade de formar os futuros especialistas que serão fundamentais para o país”.
Também o Presidente do Conselho de Administração da ULS Médio Tejo, Casimiro Ramos, sublinha a relevância deste passo: “A obtenção desta idoneidade reforça a importância da ULS Médio Tejo na formação médica e no desenvolvimento do Serviço Nacional de Saúde. Trata-se de um investimento direto na qualidade dos cuidados prestados à população e na valorização dos profissionais. A Medicina de Emergência é estratégica para qualquer região e esta decisão demonstra confiança na capacidade do Médio Tejo para liderar nesta área”.
Com esta idoneidade formativa, a ULS Médio Tejo “reforça o seu compromisso com a inovação clínica, a qualificação contínua das equipas e a preparação de novos especialistas que irão fortalecer a resposta do SNS nas próximas décadas”. A instituição assume, assim, “um papel ativo na construção de um futuro mais robusto, mais competente e mais seguro para a resposta em saúde dos cidadãos que dependem dos cuidados de urgência e emergência no Médio Tejo e no país”.