O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) estendeu até segunda-feira o aviso vermelho, o mais elevado, nos distritos de Vila Real e Bragança por causa do calor.
Segundo o IPMA, estes dois distritos estarão sob aviso vermelho entre as 09:00 de sábado e as 00:00 de segunda-feira.
Já o aviso laranja, o segundo mais grave, foi estendido até segunda-feira nos distritos de Viseu, Guarda e Castelo Branco (em vigor), e a partir de domingo juntam-se a estes distritos Portalegre, Évora e Beja, por causa da persistência de valores muito elevados da temperatura máxima.
O aviso amarelo, o menos grave de uma escala de três, foi também estendido até segunda-feira no litoral Norte e Centro e nos distritos de Santarém, Lisboa, Setúbal e Faro, o que significa que a partir de domingo não há nenhum distrito do país sem avisos por causa do calor.
Nos dias 9 e 10, os valores da temperatura máxima irão subir e manter-se elevados até dia 11, podendo variar entre 30 e 38 °C na generalidade do território do continente e atingir 43 °C em alguns locais, nomeadamente no interior da região Sul e nos vales dos rios Tejo e Douro.
A temperatura mínima continuará a ultrapassar 20 °C (noites tropicais) no interior das regiões Norte e Centro, estendendo-se ao interior Sul durante o próximo fim de semana.
Os valores da temperatura máxima, já registados nos anteriores episódios de tempo quente, têm estado a contribuir para uma onda de calor podendo em alguns locais do interior não ser interrompida com a descida temporária de temperatura.
Um anticiclone localizado a norte da região dos Açores desloca-se gradualmente para leste/nordeste, intensificando e posicionando-se a sudoeste das ilhas Britânicas no dia 10, o que em conjunto com uma região depressionária entre o norte de África e a Península Ibérica, origina sobre Portugal continental, o transporte de uma massa de ar quente e seco provenientes do norte de África.
O Governo renovou na quinta-feira a situação de alerta no país até quarta-feira, dia 13 de agosto, devido ao risco de incêndio florestal.
A renovação da situação de alerta tem como base dois motivos principais: a continuação de temperaturas elevadas em todo o país para os próximos dias e a diminuição de ignições devido às proibições determinadas.
Entre as medidas em vigor está a proibição de acesso, circulação e permanência no interior dos espaços florestais, de acordo com os planos municipais de defesa da floresta contra incêndios, bem como a realização de queimas e queimadas, ficando igualmente suspensas as autorizações emitidas para esse período.
A situação de alerta implica também a proibição de realização de trabalhos nos espaços florestais e rurais com o recurso a maquinaria e o uso de fogo de artifício e outros artefactos pirotécnicos. Neste caso, também as autorizações já emitidas ficam suspensas.
Lusa