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COVID-19: CHMT tem 56 internados e faz 1300 testes por dia (C/ÁUDIO)

3/11/2020 às 17:35

O Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT) tem desde quinta-feira da semana passada uma maior pressão de doentes internados na unidade de Abrantes que é a unidade de referência COVID na região. De acordo com Carlos Andrade Costa, presidente do Conselho de Administração do CHMT até quinta-feira a unidade de Abrantes tinha cerca de 20 a 25 doentes internados com COVID-19 e nos últimos dias passou para 56.
A pressão aumentou, mas o serviço continua a responder dentro da normalidade. Carlos Andrade Costa destacou que neste momento o Hospital de Abrantes tem duas enfermarias [cada uma com 26 camas] para doentes COVID e, em breve, vai aumentar a capacidade com uma terceira enfermaria. Ainda de acordo com o responsável há alguns doentes que estão em Unidade de Cuidados Intensivos (UCI) e dois em Nefrologia, por necessitarem de cuidados diferenciados nessa área.
Carlos Andrade Costa revelou que a maioria dos doentes internados na unidade de Abrantes são oriundos de hospitais centrais de Lisboa ou da cintura da capital, que têm tido uma maior pressão no mês de outubro. Mas esta pressão não implica perda de capacidade instalada na unidade.
E se a maioria dos doentes internados com COVID-19 são idosos, alguns acima dos 90 anos, tem aumentado o número de internamentos com “gente” mais jovem. “Temos internados com 40 anos que estavam em casa, tiveram um agravamento do estado de saúde, foram internados e temos casos em que tiveram mesmo de baixar à UCI”, afirmou Carlos Andrade Costa para de seguida apelar às pessoas para terem muito cuidado com este vírus. De acordo com o administrador hospitalar as pessoas têm mesmo de levar isto muito a sério, devem usar máscara e assumir o distanciamento social como uma necessidade premente para levarmos de vencida esta batalha.

Carlos Andrade Costa fala sobre os internamentos
Em videoconferência de imprensa o presidente do conselho de administração do CHMT vincou que, neste momento, as unidades hospitalares têm criadas todas as condições estruturais para lidar com a pandemia pelo que não vai ser necessário montar tendas de suporte nas proximidades das urgências. E deixou claro que as adaptações que foram feitas na unidade de Abrantes, a referência COVID na região, permite que a maternidade e a ortopedia não tenham necessidade de ser transferidas como aconteceu na primeira vaga. Isto porque, diz o administrador, estes meses serviram para adaptação dos serviços.

Carlos Andrade Costa 

Carlos Andrade Costa fala sobre os testes ao coronavírus

No que diz respeito a recursos humanos, Carlos Andrade Costa, revelou que o CHMT teve um reforço de mais cerca de cem profissionais e que está em curso a contratação de mais pessoal de enfermagem e técnicos: “Tantos quantos foram necessários e que o mercado disponibilize”.
Este reforça aconteceu no serviço de Patologia Clínica, que teve um reforço de mais 18 técnicos colocando o CHMT como uma referência laboratorial nos testes à COVID-19. Quando a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo nos pediu um cota de testes para o seu planeamento “respondemos de tínhamos capacidade para 600 testes diários. Estamos a fazer uma média diária de 1.100 a 1.150 para Lisboa e mais 150 a 170 para o distrito de Santarém”, explicou Carlos Andrade Costa. Ao mesmo tempo, acrescentou que é uma resposta ímpar, pois trabalha 24 sobre 24 horas e sete dias por semana.

Carlos Andrade Costa fala sobre os profissionais infetados

Quanto a profissionais de saúde infetados, o administrador disse que “tivemos dois casos, há algum tempo, e agora temos quatro pessoas (três de enfermagem e um auxiliar) que estão a fazer testes, mas não temos nenhum surto”, garantiu ao mesmo tempo que explicou que foi criado uma linha de apoio aos profissionais do CHMT que podem pedir um teste sempre que tenham dúvidas. “Queremos que os nossos profissionais se sintam em segurança”, explicou e acrescentou que se os profissionais de saúde, dos lares têm de ter todos os cuidados com a sua vida, as pessoas com outros trabalhos devem pensar que têm de nos ajudar. Como? Aplicando as medidas de autoproteção por forma evitar contágios. E Carlos Andrade Costa, não querendo falar em número ou previsões, que podem ser voláteis ou falíveis, deixou a ideia [tal como outras entidades nacionais] que os números poderão subir muito mais do que aqueles que temos tido. E repetiu que cabe a cada um de nós evitar a propagação do vírus.

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