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Sardoal: Câmara Municipal inicia apoio à aquisição de medicamentos

26/01/2017 às 00:00

Para breve, os sardoalenses com mais dificuldades económicas vão passar a poder levantar nas farmácias os medicamentos de que necessitam, mesmo que não tenham dinheiro.

A medida, que resulta de uma parceria entre a CM de Sardoal com a Associação “Dignitude”, e outros parceiros, foi ontem aprovada, por unanimidade, na reunião do executivo camarário.

Miguel Borges, presidente da CM de Sardoal, explicou que se trata de uma “rede solidária de medicamentos que permite que um munícipe que precise de determinados medicamentos, com prescrição médica, e que chegue à farmácia e não tenha dinheiro para adquirir a totalidade dos medicamentos”, possa agora fazê-lo, sem restrições.

“O que nós pretendemos é recolher a informação de quem necessita deste apoio, para que possamos ir para o terreno, através do gabinete de ação social, que fará um levantamento das situações (…) num exercício articulado com todos parceiros que trabalham o âmbito social (…) e depois apoiar as famílias na aquisição de medicamentos”, explicou o autarca.

A comparticipação por munícipe por parte da CM de Sardoal será de 80 euros anuais, já a Associação “Dignitude” irá apoiar com 20 euros anuais.

O autarca justifica estes valores na medida em que “o valor médio de consumo de medicamentos de um português ronda cerca de 143 euros e o encargo de cada pessoa, que não é comparticipado, anda à volta dos 82 euros”.

Miguel Borges não conseguiu avançar para já quantas pessoas serão contempladas por este apoio. O responsável referiu que o Município vai começar o trabalho de terreno junto da Loja Social, que atualmente apoia cerca de 180 pessoas.

Na reunião de câmara, o presidente salientou que este “programa” vem dar “resposta àquilo que são as necessidades da população”. Tratando-se de um projeto abrangente e sem limitações: “quando o agregado familiar ou o munícipe é sinalizado não há limite para a aquisição de medicamentos. Não há limite de comparticipação, nem de idade, pode ser para um recém-nascido ou para um idoso. O critério é ser reconhecida a necessidade”. Essa análise das necessidades de cada família, segundo o presidente, será realizada pelo “Gabinete de Ação Social e pelo Núcleo Executivo do Conselho Local da Ação Social”.

Recorde-se que este processo levantou alguma discórdia e controvérsia entre a maioria social-democrata e o vereador socialista Fernando Vasco.

Fernando Vasco já tinha apresentado, em reunião de câmara, um Regulamento Municipal de Apoio à Aquisição de Medicamentos, que previa o apoio à população idosa do concelho. Uma proposta que foi chumbada pela maioria PSD na reunião de câmara do dia 8 de setembro.

Esta quarta-feira, Fernando Vasco afirmou que esta “questão” lhe provocou “alguma intranquilidade política”, porque “estava convencido” que o trabalho que o PS tinha feito, “era suficiente para garantir um processo direto do Município para com os seus idosos, num trabalho de proximidade. Mas, não foi o caso”. Contudo, o vereador socialista reconheceu que o novo programa “traz benefícios” e que por isso mereceu o seu voto favorável.

Notícia relacionada:

http://www.antenalivre.pt/noticias/sardoal-vereador-socialista-perplexo-com-voto-contra-proposta-para-ajudar-idosos

 

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