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Abrantes: João Paulo Catarino em jantar do Rotary para falar do interior do país

28/03/2018 às 00:00

O Rotary Club de Abrantes organizou no dia 27 de março um jantar-palestra que teve como orador João Paulo Catarino, Coordenador da Unidade de Missão para a Valorização do Interior.

Numa altura em que tanto se fala de interior, João Paulo Catarino identificou logo à partida o “grande problema do país, e não só do interior”, referindo-se à demografia, ao envelhecimento da população e “acima de tudo, o emprego”.

“Todos nós temos consciência de que para ter mais filhos, o que precisamos é de qualidade de vida e de dar condições aos pais para os poderem ter”, acrescentou o ex-presidente da Câmara de Proença-a-Nova. Voltando ao emprego no interior do país, “é aí que Portugal tem falhado nos últimos anos”.

A aplicação dos fundos dos Quadros Comunitários também foi apontada como uma falha do país, mais concretamente este último que “foi particularmente gravoso para o interior porque os critérios de mérito para aprovação das candidaturas foram essencialmente desenhados em função da inovação e da internacionalização (…) Ora, como sabem, a maior parte das empresas destes territórios do interior não estão nesse campeonato”.

O coordenador da Unidade de Missão para a Valorização do Interior disse ainda que o que interior precisa “é de encontrar um desígnio”. Deu os exemplos das regiões do Alqueva, do Douro, Armamar e de Moimenta da Beira, afirmando que “o que precisam é de continuar a ser apoiados”.

“Não há outra forma de desenvolvermos estes territórios se não houver uma energia da ativação pública no início para que depois venham os privados e acreditem e que possam fazer um desenvolvimento sustentado deste território”, concluiu.

O tema gerou perguntas, acordos e desacordos e foi uma palestra muito participada.

No final, Paulo Sousa, presidente do Rotary Club de Abrantes estava satisfeito com o resultado do jantar porque este “é um tema que está em cima da mesa. Toda a gente discute o Portugal interior, toda agente discute a floresta e nós também quisemos dar o nosso contributo para essa discussão”.

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