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Abrantes: Em dias de alerta a rede de pré-posicionamento de meios é a aposta na prevenção de incêndios(c/áudio)

5/08/2025 às 16:44

Portugal continental está desde domingo e até quinta-feira em situação de alerta, devido ao elevado risco de incêndio, anunciou no sábado a ministra da Administração Interna.

Assim, até esta quinta-feira, é proibido o acesso, circulação e permanência no interior dos espaços florestais, de acordo com os planos municipais de defesa da floresta contra incêndios, bem como a realização de queimas e queimadas, ficando igualmente suspensas as autorizações emitidas para esse período.

A situação de alerta implica também proibição de realização de trabalhos nos espaços florestais e rurais com o recurso a maquinaria e o uso de fogo de artifício e outros artefactos pirotécnicos. Neste caso, também as autorizações já emitidas ficam suspensas.

Mas localmente, em Abrantes, para além das proibições que implicações é que tem na prevenção de incêndios florestais? Desde logo o reforço de equipas na sub-região do Médio Tejo. E depois em cada concelho há ainda o pré-posicionamento de meios no terreno.

Em Abrantes cabe ao comandante dos Bombeiros Voluntários de Abrantes gerir o pré-posicionamento dos bombeiros, dos sapadores florestais e dos “kits” das juntas de freguesia. Não havendo uma “pressão mais forte” no território, do ponto de vista de ocorrências e perigosidade, há uma intenção de distribuir as viaturas numa espécie de rede que coloque viaturas que possam cobrir um raio de cinco quilómetros ente elas.

António Manuel de Jesus, comandante dos Bombeiros Voluntários de Abrantes, explicou à Antena Livre que a redução do tempo de chegada a uma ocorrência é fundamental para eliminar esses fogos. Ou seja, a ideia é ter operacionais e água espalhados por todo o território do concelho. E acresce ainda a intervenção musculada no caso de existência de uma ignição tem permitido a extinção rápida de alguns incêndios no concelho.

Mesmo assim os números de 2025 em Abrantes já são superiores a 2023 e 2024 quer no número de ocorrências, quer na área ardida.

2025 já é pior que 2023 e 2024

Apesar de ainda não ter acontecido um incêndio de grandes dimensões, ou daqueles que “dá notícia”, o facto é que, quer em número de ocorrências, quer em área ardida, 2025 já é pior que 23 e 24.

O comandante dos Bombeiros de Abrantes indicou que este ano de 2025, até dia 4 de agosto estavam registados 13 incêndios intencionais, sete por negligência e apenas um por causas naturais. Há ainda mais 11 incêndios que não têm ainda causa apurada pelas autoridades policiais (GNR, PSP e Polícia Judiciária) que é quem investiga e determina as causas dos incêndios.

Neste dia já estão contabilizados mais 13 incêndios do que em todo o ano de 2024. “Mais preocupante é que em 2023 e 2024 tínhamos cinco hectares de área ardida, em cada ano. Este ano já vamos em 101 hectares de zona queimada. Por vezes um único dia mau pode provocar muitos danos”, explicou o comandante dos Bombeiros de Abrantes.

Se as pessoas cumprirem “ajudam-nos a baixar estes números”, principalmente naqueles que são descuidos ou provocados por negligência. Depois os outros, os de origem criminosa têm de ser investigados pelas autoridades.

António Manuel de Jesus, comandante Bombeiros Abrantes

Depois da gravação desta entrevista, nesta terça-feira, dia 5, já existem mais duas ocorrências registadas pela Proteção Civil, uma em Abrantes e Alferrarede e outra em S. Miguel e Rossio ao Sul do Tejo. Foram ignições imediatamente combatidas, tanto mais que o meio aéreo deslocado para as operações apenas sobrevoou o local sem ter feito qualquer descarga de água.

Assim, até esta quinta-feira, pelo menos para já, é proibido o acesso, circulação e permanência no interior dos espaços florestais devido ao risco extremo de risco de incêndios florestais por via das elevadas temperaturas.

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