“Já referi em diversas intervenções que tenho feito que o Parque Ambiental de Santa Margarida (…) necessita de uma intervenção de fundo. Está com problemas que não são de agora, é um equipamento que conta quase com 20 anos e necessita de uma intervenção de fundo que nós iremos concretizar durante o ano de 2020”.
Estas foram as declarações do presidente da Câmara Municipal de Constância, Sérgio Oliveira, quando questionado em reunião do executivo por Manuela Arsénio, em substituição da vereadora Júlia Amorim (CDU), sobre “o que é que se perspetiva em termos de recuperação de património, nomeadamente no Parque Ambiental”, dando conta de uma situação recente em que “caiu um pedaço de teto” no espaço Ecoteca.
Desde as necessidades de requalificação a nível “da torre, a questão das madeiras, a questão da impermeabilização do próprio teto da Ecoteca e o próprio arranjo de alguns segmentos de iluminação”, Sérgio Oliveira assume, em declarações à Antena Livre e ao Jornal de Abrantes, que o “Parque Ambiental de Santa Margarida foi daqueles equipamentos que ao longo dos últimos anos foi deixado completamente à sua sorte” e que “pouco se fez naquele equipamento, pouco se pensou naquele equipamento e a verdade é que atingiu um nível de deterioração considerável”.
O autarca deu conta de que foi recebida há pouco tempo a notícia de que “a candidatura que tínhamos apresentado ao Turismo de Portugal [pouco tempo depois do início do mandato] não foi considerada elegível”, uma vez que a verba que a entidade tinha para este tipo de apoios foi já esgotada: “o número de projetos candidatados é muito superior à verba disponível, portanto recebemos a notificação a dizer que não tinha sido aprovada essa candidatura”, disse o edil.
Perante a não aceitação da candidatura, que previa “uma intervenção mais de fundo no Parque Ambiental e com algumas melhorias e que não passaria só pela conservação daquilo que lá existe, passaria também por dar outro tipo de conforto àquelas instalações”, a autarquia anunciou que está a avançar com o plano B.
Ecoteca do Parque Ambiental de Santa Margarida, em Santa Margarida da Coutada (Fonte: CM Constância)
“Não sendo aprovada a candidatura que seria financiada a 85% e em que estaríamos a falar de um investimento de 260.000,00€, pegámos no plano B (…) que já tínhamos preparado”, disse o responsável.
“O plano B foi fazer o levantamento do que é que a Torre precisa para ser substituída e chamar uma empresa da especialidade para nos dar um orçamento para a substituição [tendo já, relativamente a este ponto, havido uma reunião técnica com uma empresa]; as madeiras do Parque Ambiental foi o nosso carpinteiro que fez o levantamento do que é que é necessário fazer e o levantamento dos materiais que vão ser precisos está feito e vai ser por administração direta; e a partir da iluminação elétrica será também uma entidade externa que irá fazer a avaliação do que é preciso para requalificar aquilo”, disse Sérgio Oliveira que explicou estes passos dados como o início para “pôr os procedimentos internos a andar para iniciar o quanto antes a requalificação daquele espaço”.
Relativamente à criação de novas valências para o espaço, o presidente do Município responde que “primeiro manter, conservar e recuperar, e depois então pensar-se em algo que acrescente valor àquele equipamento que temos. (...) Penso que ninguém compreenderia que fossemos acrescentar uma valência no Parque Ambiental quando aquilo que lá está não está mantido nem conservado.”.
Ana Rita Cristóvão