A Unidade Local de Saúde (ULS) do Médio Tejo adquiriu um robot cirúrgico de última geração, num investimento de 2,4 milhões de euros (ME) financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), anunciou hoje a instituição.
O novo equipamento será instalado no Hospital de Tomar e está “desenhado para cirurgias minimamente invasivas” nas áreas de Urologia, Ginecologia e Cirurgia Geral, indicou o presidente do Conselho de Administração da ULS, Casimiro Ramos, citado em nota informativa.
A plataforma robótica de alta precisão integra uma consola de controlo, quatro braços robóticos independentes e tecnologia de visualização 3D, oferecendo “maior segurança, precisão e tempos de recuperação reduzidos”, segundo a ULS Médio Tejo, com sede em Torres Novas, no distrito de Santarém, que fez o anúncio público durante a cerimónia que assinalou os 40 anos do Hospital de Abrantes.
“O que há dois anos era um sonho é agora uma realidade”, afirmou o gestor, tendo destacado a importância do investimento para a população da sua área de abrangência e para a capacidade de atração de profissionais especialistas.
“A aquisição deste equipamento altamente diferenciador, no valor de 2,4 milhões de euros, só foi possível graças ao apoio do Governo através do PRR e representa um passo decisivo na atração de profissionais especializados e na prestação de cuidados de saúde mais qualificados aos nossos utentes”, declarou.

Segundo a ULS, a introdução da cirurgia robótica será acompanhada de formação especializada junto das equipas médicas e de enfermagem, garantindo a “capacitação completa das equipas e a expansão progressiva desta tecnologia nas diferentes especialidades”.
No 40.º aniversário do Hospital de Abrantes, Casimiro Ramos sublinhou que esta aquisição se insere numa estratégia global de modernização e reforço tecnológico das três unidades hospitalares da região: Abrantes, Tomar e Torres Novas.
Nos últimos anos, a ULS Médio Tejo refere ter investido mais de 9 ME em melhorias estruturais e tecnológicas, incluindo a instalação de uma nova Ressonância Magnética em Abrantes, a requalificação energética com painéis fotovoltaicos, a renovação da rede de águas e a modernização das instalações da Consulta Externa e da Urgência Médico-Cirúrgica do Hospital Dr. Manoel Constâncio, numa estratégia que assenta na “complementaridade” das três unidades.
“O Hospital de Abrantes é a principal resposta ao doente crítico em situação de urgência e emergência; o Hospital de Tomar afirma-se como Centro Cirúrgico de excelência; e o Hospital de Torres Novas como Centro Clínico de referência, dedicado a consultas de especialidade e cirurgia de ambulatório”, afirmou Ramos.
O presidente da ULS Médio Tejo acrescentou que esta complementaridade “reforça a coesão e a capacidade de resposta da instituição” e que o investimento em tecnologia de ponta representa também uma “aposta na valorização dos profissionais e na confiança das populações”, numa “estratégia integrada de modernização” hospitalar.
“Este investimento histórico posiciona a instituição na linha da frente da inovação médica em Portugal e reforça a sua missão de prestar cuidados mais precisos, eficientes e humanos à população dos onze concelhos servidos”, pode ler-se na mesma nota.
A ULS Médio Tejo dá resposta direta a cerca de 169.270 utentes dos concelhos de Abrantes, Alcanena, Constância, Entroncamento, Ferreira do Zêzere, Mação, Sardoal, Tomar, Torres Novas, Vila Nova da Barquinha e Vila de Rei, concelhos dos distritos de Santarém e Castelo Branco.
Com 35 unidades funcionais de cuidados de saúde primários, a estrutura possui ainda três hospitais – em Abrantes, Tomar e Torres Novas -, separados entre si por cerca de 30 quilómetros.
Lusa
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