A Unidade Local de Saúde do Médio Tejo (ULS Médio Tejo) vai arrancar na próxima segunda-feira, 16 de junho, com o projeto AMA – Apoio à Maternidade e Amamentação. Trata-se de uma resposta inovadora para apoiar mães e famílias na transição para a parentalidade e na superação das dificuldades associadas ao aleitamento materno.
O projeto AMA propõe-se a garantir acompanhamento profissional, técnico e emocional desde os primeiros dias de vida do bebé. A missão é clara: oferecer um apoio acessível e de proximidade que favoreça o sucesso do aleitamento materno e o bem-estar familiar.
Este projeto assenta em dois eixos fundamentais. O primeiro é a criação da linha telefónica “Amamenta Care”, um canal direto, disponível 24 horas em todos os dias do ano, que permite às mães esclarecer dúvidas em tempo real, receber orientação especializada e, sempre que necessário, ser encaminhadas para uma consulta presencial de apoio à amamentação. Esta linha telefónica (912536745) será sempre atendida por enfermeiros especialistas da Unidade de Neonatologia de Abrantes, com formação avançada em amamentação, assegurando um aconselhamento técnico e humanizado de excelência.
O segundo eixo passa pela criação de uma rede assistencial de consultas de enfermagem em aleitamento materno, que serão disponibilizadas nos Hospitais de Abrantes e Torres Novas, bem como nas unidades de cuidados de saúde primários da região. Estas consultas especializadas vão permitir prestar acompanhamento de proximidade, ajustado às necessidades de cada mãe, assegurando o direito a um início de vida familiar com mais confiança, conhecimento e suporte profissional.
A ULS Médio Tejo reconhece a promoção do aleitamento materno como um dos pilares essenciais da saúde pública. Para além dos seus benefícios nutricionais e imunológicos, a amamentação é um fator protetor para a saúde da mulher e da criança, favorecendo o vínculo afetivo e prevenindo inúmeras doenças.
No entanto, em Portugal apenas 22% das crianças são amamentadas em exclusivo até aos seis meses de idade — um valor aquém da meta da Organização Mundial da Saúde para 2025, que propõe atingir os 50%. Com a implementação deste projeto, a ULS Médio Tejo pretende contribuir ativamente para essa meta, removendo obstáculos à amamentação e criando uma cultura de apoio informado e acessível.
“Acreditamos que apoiar uma mãe é apoiar todo um sistema familiar. O projeto AMA é mais do que uma resposta técnica — é um compromisso com a humanização dos cuidados, com o direito a um início de vida com confiança, apoio e respeito. Com esta rede de apoio, estamos a cuidar da saúde do presente e a investir na saúde do futuro”, afirma Piedade Pinto, enfermeira diretora da ULS Médio Tejo.