A votação para Árvore do Ano 2022, na qual está a concurso a Oliveira do Mouchão, de Mouriscas, está suspensa.
A votação que começou em novembro de 2021 deveria fechar esta quarta-feira, dia 5 de janeiro de 2022, mas foi suspensa, alegadamente por irregularidades detetadas na votação.
Na página onde deveríamos votar ou consultar os resultados estão apenas duas frases a dar conta da suspensão.
“Por motivos alheios à UNAC, as votações para eleição da Árvore do Ano 2022 estão suspensas até janeiro, por se ter verificado no site a existência de votos irregularmente gerados.
Lamentamos esta situação que tentaremos resolver com maior brevidade, prolongando posteriormente o período de votações.”
De referir que esta suspensão aconteceu ainda antes de ter terminado o ano 2021 e, na véspera do encerramento das votações, ainda não há qualquer indicação do problema, da sua solução e de quando é que as votações serão reabertas e qual o novo prazo.
Recorde-se que este ano estão a concurso: O Guardião D’El Rei – Leiria; a Magnólia do Jardim da Casa da Criança D.ª Leonor – Castanheira de Pera; a Melaleuca Armilaris da Quinta das Pratas - Cartaxo; O Esconderijo – Pampilhosa da Serra; o Metrosídero do Capo de S. Francisco – Ponta Delgada; a Oliveira de Mouchão (Cascalhos – Mouriscas – Abrantes); a Oliveira Milenar (Lagoa); a Oliveira Real (Pedras D’El Rei, Algarve); e o Plátano Gigante da Quinta da Fôja – Figueira da Foz. O vencedor deveria ser anunciado a 6 de janeiro de 2022.
A organização do concurso em Portugal é da UNAC – União da Floresta Mediterrânica. Assim que ficar apurada a árvore vencedora em Portugal a UNAC coloca-a como representante nacional no concurso para Árvore Europeia do Ano, organizado pela Environmental Partnership Association (EPA).
A Oliveira Milenar do Mouchão, com mais de 3.350 anos, é a mais antiga de Portugal e é um exemplar digno de se ver. Fica situada no lugar de Cascalhos (39°28'23.0"N 8°04'51.1"W), na freguesia de Mouriscas.
Muito teria a contar este exemplar vivo de grande parte da nossa história. Dos Fenícios, Celtiberos e Romanos que se deverão ter deliciado com o azeite deste exemplar. E depois vieram Cristãos e Muçulmanos e muita da história do nosso País, não esquecendo as lutas contra os franceses. Terá passado por muitas tormentas meteorológicas que terão assolado, ao longo dos séculos, Mouriscas, o Ribatejo e Portugal